Rio – Uma das principais rivalidades do vôlei masculino na atualidade, Brasil e Rússia fazem duelo decisivo nesta sexta-feira, pela semifinal da Olimpíada do Rio. As duas seleções foram as finalistas de Londres-2012, em partida histórica vencida pelos russos, com uma virada surpreendente.
Em comum, além do passado recente vitorioso, as duas seleções trazem uma campanha irregular no Rio-2016. O Brasil se classificou apenas em quarto na primeira fase e teve certa dificuldade para superar a Argentina, por 3 sets a 1, na quarta-feira. Já a Rússia, que chega à semi após superar o Canadá, avançou em terceiro – e com uma surpreendente derrota para os argentinos.
Preocupado com o adversário de sexta-feira, o central Lucão reconheceu a rivalidade com a Rússia e fez um alerta: a seleção brasileira precisa melhorar se quiser chegar à decisão. “Eles (os russos) jogaram bem, precisamos de paciência para superá-los e é claro que existe rivalidade, mas no vôlei é saudável. Vamos precisar crescer ainda mais no torneio. A Rússia pode não ter começado tão bem, mas é um ótimo time e mostrou isso agora, nas quartas de final”, avaliou.
O levantador Bruninho também reconheceu a rivalidade, lamentou o excesso de lesões e afirmou que o Brasil necessitará se superar em quadra. Os ponteiros Lucarelli e Lipe se contundiram na vitória sobre a Argentina e podem desfalcar a seleção.
“Quis o destino que voltássemos a encontrar eles quatro anos depois, agora na semifinal”, afirmou Bruninho, lembrando a decisão da Olimpíada de Londres. “Estamos com diversos problemas físicos, mas vamos com tudo, mesmo se estivermos sem pé e sem mão.”
Já o capitão da Rússia, Sergey Tetyukhin, enalteceu o triunfo sobre o Canadá, por 3 sets a 0, e também garantiu que sua seleção está pronta à semifinal. “Foi o melhor jogo que disputamos até agora. Estamos bem preparados para jogar.”