O atacante Luighi, do Palmeiras, voltou a se manifestar sobre as ofensas racistas sofridas durante jogo da Libertadores Sub-20, que aconteceu na quinta-feira (6), em Assunção, Paraguai.
O jogador de 18 anos, que se emocionou e falou de forma contundente ao final do jogo contra o Cerro Porteño, contou à TV Palmeiras sobre o que sentiu no momento e protestou contra a omissão dos policiais presentes no estádio.
Leia também:
Leila Pereira diz que foi ignorada pela Conmebol e que resolverá caso de racismo na Fifa
Vini Jr. apoia Luighi, alvo de racismo, e dispara contra a Conmebol: “Nunca fazem nada”
Luighi voltou a falar sobre o assunto nesta sexta-feira (7), menos de 24 horas após o ocorrido. E contou qual foi a sua reação ao ver um torcedor imitando macaco para provocá-lo.
“No momento subiu um ódio na cabeça, até porque tinha muitos policiais do lado e isso me deixou mais bravo, por eles não terem feito nada. Até fui lá até eles. Mas aí fica o aprendizado. Na hora a gente fica bravo, perde a cabeça, mas tem pessoas desse tipo no mundo. Até quando a gente vai viver isso? O recado que mandaria às pessoas que fazem racismo é que parem. Você não está no corpo da pessoa que sofreu o racismo. Às vezes você fala, mas não sente o que a pessoa transmite. Isso é uma dor que peço que poucas pessoas sofram, nenhuma pessoa, na verdade. Até quando vão existir pessoas assim, até quando o futebol vai admitir isso”, contou.
Atos racistas após terceiro gol do Palmeiras
Os atos racistas se iniciaram após o Palmeiras fazer 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, por volta dos 35 minutos do segundo tempo. Apesar de os jogadores palmeirenses terem mostrado ao árbitro da partida o que estava ocorrendo na arquibancada, o jogo continuou normalmente até o final e a equipe alviverde venceu por 3 a 0.