Morreu na madrugada desta segunda-feira, aos 37 anos, a nadadora Joana Neves, multimedalhista paralímpica e campeã mundial, também conhecida pelos apelidos “Peixinha” e “Joaninha”. De acordo com nota divulgada pela Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte (SADEF-RN), clube pelo qual competia, a paratleta potiguar estava no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, na noite de domingo, quando passou mal.
Após isso, foi levada ao hospital, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
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Joana estava na capital paulista para realizar uma série de exames, já que vinha apresentando episódios de convulsão e buscava um diagnóstico. Natural de Natal, a Peixinha nasceu com acondrosplasia, condição que afeta o crescimento dos ossos. Ela foi orientada a praticar natação por recomendação médica quando tinha 16 anos. Logo, começou a competir e se tornou um dos grandes nomes da natação e do paradesporto nacional.
“Estamos consternados com a partida da Joana Neves, nossa Joaninha. Tanto carisma fora das piscinas, tanta garra quando caía na água para representar nosso País, seu estado, o Rio Grande do Norte, seus amigos e sua família. Quanta gente se orgulhava com as conquistas da Joaninha. E quanta alegria ela nos deu. Ela era uma tremenda atleta. Que Deus, em sua infinita bondade, conforte a coração dos familiares e amigos”, lamentou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado.
A nadadora participou de três Paralimpíadas e conquistou cinco medalhas. Foi bronze nos 50 metros borboleta dos Jogos de Londres, em 2012, e subiu três vezes ao pódio dos Jogos do Rio-2016, com medalhas de prata nos 50 metros livre e 100 metros livre, além do bronze no revezamento 4×50 livre, mesma prova em que ganhou mais um bronze nos Jogos de Tóquio-2020, disputados em 2021 por causa da pandemia.
Em Mundiais de Natação Paralímpica, Joana também estava acostumada a conquistar medalhas. Não à toa, somava 15 pódios entre 2013 e 2022. Três das medalha são de ouro: 50 metros livre e 4×50 misto em Glasgow-2015 e 4×50 livre na Ilha da Madeira, em 2022, sua última participação em um Mundial, edição na qual levou outras três medalhas para casa e quebrou dois recordes.