Daniel Alves foi condenado, nesta quinta-feira, a quatro anos e seis meses de prisão, na Espanha, por estupro de uma mulher de 23 anos numa boate em Barcelona, no final de 2022. A Justiça espanhola entendeu que há provas suficientes para a condenação do brasileiro, que está preso há 13 meses.
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Não há o que se comemorar, porém, com a sentença. Obviamente, ela ameniza o sofrimento da vítima. Mas o caso Daniel Alves é mais uma amostra do quanto precisamos evoluir como sociedade. Uma sociedade machista, que ainda acha graça em piadas discriminatórias, que ainda subjuga mulheres, que ainda “aceita” que o uso excessivo de álcool seja um fator atenuante para cometer crimes, como tentou justificar a própria defesa de Daniel Alves no caso em questão. Não é.
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Enquanto Daniel Alves vai cumprir agora a sua pena — ainda cabe recurso —, aqui no Brasil o atacante Robinho, outro jogador envolvido em um caso de agressão sexual, joga futevôlei tranquilamente e, pasmem, ainda é tratado como ídolo e tira foto com fãs na praia. Quem não se lembra do goleiro Bruno, condenado a 23 anos e um mês por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio? E que hoje, solto, até hoje é parado nas ruas por “fãs”, que pedem fotos com o “ídolo”?
Vivemos uma crise de referências. Ídolos artificiais, subcelebridades, políticos com “fã-clubes”, megaempresários devedores e por aí vai. Que a condenação de Daniel Alves seja um sinal de mudança nesses tempos atuais. Mudança pra melhor, sempre!