Esportes

Lutador capixaba embarca para Copa do Mundo de Kickboxing na Áustria

Lutando profissionalmente desde os 18 anos, Weber “Shrek” participa do Kickboxing WorldCup, sua primeira competição no exterior, no dia 17 de março

Foto: WGP Kickboxing/Divulgação

Tem esportista capixaba pronto para brilhar em ringue no exterior. Weber Netto do Carmo, conhecido como “Shrek”, embarca no dia 15 de março para Tirol, na Áustria, com o objetivo de participar da Copa do Mundo de Kickboxing (Kickboxing WorldCup).

Esta será a primeira competição em território internacional do lutador, que acontece entre os dias 17 e 19 de março. O lutador vai competir na categoria K1 Style, a mais completa do kickboxing, até 71 kg.

A classificação para o torneio mundial aconteceu após a conquista do 1º lugar no ranking brasileiro de kickboxing em sua modalidade, no ano de 2022. 

“Já havia participado de campeonatos mundiais, mas que aconteceram aqui no Brasil. Essa é a primeira vez que cruzo as fronteiras e mostro meu potencial em outro país. Estou confiante e determinado para trazer o prêmio para o Espírito Santo”, garante o atleta.

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A ida de Shrek para a competição na Áustria só foi possível graças ao apoio que conseguiu do programa estadual Compete ES, que custeou a passagem para o atleta.

O lutador também contou com o apoio de amigos que cederam alguns itens para realização de rifas, que vão ajudar a financiar hospedagem e os demais gastos com alimentação e translado.

Carreira

Shrek – como é carinhosamente chamado por amigos e alunos – luta profissionalmente desde os 18 anos. A vida profissional, no entanto, começou na função de chapeiro em um trailer de lanches, do qual anos depois veio a se tornar o proprietário.

Hoje, aos 31 anos, dedica-se somente às competições, à atuação como Personal Fight e à sua função de destaque: a de pai de 3 meninos.

A paixão pelo esporte, porém, vem desde a infância. Aos 6 anos, ainda na escola, teve a oportunidade de optar entre futsal e capoeira. “Advinha qual eu escolhi?”, brinca o atleta, que se considera competitivo. Por espontânea vontade, ingressou no universo da capoeira. 

“Acho incrível o poder que o esporte tem de realizar sonhos. Quando mais novo, sonhava em viajar de avião e realizei esse desejo em minha primeira competição fora do Estado, que foi em São Paulo. Enquanto jovem, recebi convites para jogar futebol profissionalmente em times capixabas, mas o meu fascínio mesmo é a luta”. Além do kickboxing, Weber também atua no MMA na modalidade peso leve (70kg).

Foto: Ingrid Rigotti

Preparação

A preparação do atleta faixa preta 1º Dan mostra que para se atingir bons resultados, é preciso apostar na constância, afinal, os treinos são realizados seis vezes na semana, sendo de segunda a sexta, na parte da manhã, a preparação técnica em academia de luta no Centro de Vila Velha – com o apoio do coach Fernando Medeiros – e à tarde, preparação física com musculação. 

No sábado, reserva tempo para o cardiorrespiratório com corridas de longa distância, chegando a correr até 19 km dependendo da semana.

“A pesagem da Copa do Mundo já acontece no dia 17, então preciso baixar entre 3kg e 4kg para estar no peso da minha categoria. A dieta já está presente na minha rotina, mas quando chega próximo de competição, tudo precisa ser mais regrado”, pontua Shrek.

Prêmios

Nesses mais de 13 anos dedicados à luta, Weber Shrek acumula diversas vitórias como, por exemplo, o hexa (seis vezes campeão) no Campeonato Estadual de Kickboxing, uma vitória e uma segunda colocação no Campeonato Brasileiro, a segunda colocação no Campeonato Sul Americano e o cinturão do Strike Fight Marataízes, no qual foi eleito o melhor nocaute da noite.

Homenagem ao Mestre

Em dezembro de 2022, Shrek sofreu o impacto de uma grande perda: a morte de Augusto Nasser, quem chamava de Mestre. 

Além de treinador por mais de 10 anos, Guto – como era conhecido por todos no universo da luta – foi também empresário do atleta e assumia a postura de “pai”, dando conselhos e incentivos à sua carreira. Esta será a primeira competição do lutador sem a presença de Nasser.

“Ele deixou um legado de muita garra e ensinamentos. Costumava dizer que parar é morrer, o que sempre nos dava mais força para seguir em frente e driblar os limites impostos por nosso corpo e mente. Vou honrá-lo até o último minuto, seja dentro ou fora dos ringues”, diz emocionado.