Rio Branco vai à Justiça e Loco dispara: 'tem gente que não quer que o futebol capixaba evolua'
"Quando vi o veículo que o clube diz ser ambulância, lembrei dos carros da minha terra que fazem entrega de presunto, queijo e linguiça. É o mesmo veículo", disse Loco Abreu
Após a confusão durante e depois da partida entre Real Noroeste e Rio Branco, ocorrida no último sábado (13), pela semifinal do Capixabão, no município de Águia Branca, a equipe capa-preta protocolou no Tribunal de Justiça Desportiva do Espírito Santo (TJD/ES) um pedido de impugnação da partida, alegando que a partida ocorreu de forma ilegal.
Na ação movida pelo clube consta que a ambulância presente na partida não atendia a requisitos básicos de uma UTI Móvel, como exigido no artigo 49 do regulamento da competição. O veículo presente no local não seguia as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no decreto 2048/2002, além de não possuir kit de primeiros socorros, giroflex em funcionamento, iluminação no compartimento do paciente e bateria própria.
Um dos pivôs para que o pedido de impugnação fosse levado à Justiça, foi o atacante Loco Abreu, que desde o fim da partida se mostrou indignado com as condições do futebol capixaba. "O que aconteceu neste jogo foi uma demonstração clara de que tem muita gente que não quer que o futebol capixaba evolua. A CBF precisa abrir o olho, pois aqui no Espírito Santo a lei não está sendo cumprida. Quando vi o veículo que o clube diz ser ambulância, lembrei dos carros da minha terra que fazem entrega de presunto, queijo e linguiça. É o mesmo veículo. Se for colocar tudo que uma UTI Móvel precisa naquele veículo, ou entram os aparelhos ou entram os pacientes. Quando abriram a porta e eu olhei para dentro, não tinha nada, só um espaço vazio, sem luz, e uma maca", relatou o uruguaio.
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Além dos problemas extra campo, dentro das quatro linhas, durante a partida, o clima foi tenso. Muita reclamação de um pênalti marcado no último lance do jogo, fogos de artifício na direção dos jogadores, invasão de campo e quebra-quebra, que obrigou um jogador do Rio Branco ser atendido ainda no local, por enfermeiros, mas, de acordo com Loco Abreu, a enfermeira confessou que o atendimento não poderia ser feito no local. " A enfermeira que atendeu um atleta nosso que precisou levar 18 pontos no braço assumiu: ‘tem que levar o jogador para o hospital, porque aqui não dá para para atender”, completou o atacante.