Capixabão

Vai ter tapetão? Porto Vitória tenta parar o Capixabão

Porto Vitória publica nota e entra com recurso no TJD-ES questionando possível escalação irregular de jogador do Rio Branco na semifinal do Capixabão

Flávio Dias

Redação Folha Vitória


Foto: Henrique Montovanelli/FES

Em uma das semifinais do Capixabão, o Rio Branco eliminou o Porto Vitória em dois jogos, com duas vitórias por 2 a 1. Ao que parece, no entanto, o confronto ainda não terminou. Isso porque o Porto Vitória, eliminado, entrou com recurso no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-ES) questionando escalação irregular de um jogador do Capa-Preta.

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Em nota oficial publicada em suas redes sociais no final da tarde desta terça-feira (2), o Porto Vitória afirma que o departamento jurídico do clube identificou a escalação irregular de um jogador do Rio Branco e que "foram adotadas as medidas cabíveis e pertinentes para garantir a correta aplicação da legislação desportiva e resguardar os direitos do Porto Vitória."

Apesar de a nota não explicar, o jogador em questão seria o goleiro Neguete. Titular do Rio Branco, o goleiro foi escalado graças a um efeito suspensivo que o clube alvinegro conseguiu na quinta-feira anterior ao jogo de volta da semifinal, que aconteceu no sábado (30).

Neguete estava suspenso por seis jogos, em punição aplicada na segunda-feira (25) pela 2ª Comissão Disciplinar do TJD-ES por ofender o árbitro Dyorgenes Padovani na partida de volta das quartas de final, contra o Nova Venécia. Entretanto, o Rio Branco entrou com recurso e com pedido de efeito suspensivo, que foi concedido na quinta-feira em documento assinado pelo auditor do TJD-ES Rogério Faria Pimentel. Com isso, o goleiro pode ser escalado enquanto aguarda o julgamento do recurso, que está marcado para a próxima quinta-feira (4).

Qual é a punição por escalação irregular

A punição por escalação irregular de um jogador está prevista no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê punição de perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, e multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil.

No entanto, em situações de confrontos em fases de mata-mata, é provável que o caso caia no parágrafo 4º, que fala em exclusão do infrator, o que eliminaria o Rio Branco e colocaria o Porto Vitória na decisão.

O que diz o artigo 214 do CBJD:

Art. 214. Incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
PENA: perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). (NR).
§ 4º Não sendo possível aplicar-se a regra prevista neste artigo em face da forma de disputa da competição, o infrator será excluído da competição. (NR).

LEIA TAMBÉM: Final do Capixabão: TJD-ES decide na quinta se goleiro do Rio Branco pode ou não jogar a decisão

Ingressos à venda

O TJD-ES deve se pronunciar nesta quarta-feira (3) a respeito do recurso do Porto Vitória. Enquanto isso, mesmo sem uma definição sobre o caso, os ingressos para o primeiro jogo da final do Capixabão já começaram a ser vendidos de forma antecipada pela internet.

Se nada mudar, a partida entre Rio Branco de Venda Nova x Rio Branco está prevista para domingo (7), às 16 horas, no Kleber Andrade, com mando de campo do Brancão "Polenteiro". As entradas para o jogo já podem ser compradas pelo site www.nossoticket.com.br e custam R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira).

Para esse primeiro jogo, possuem direito a meia-entrada: estudantes, idosos, doadores de sangue, clientes Banestes e torcedores com camisa dos times finalistas.

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