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VÍDEO | Ondas de mais de 4 metros de altura são registradas na baía de Vitória

Surfistas Luiz Hadad, Fabio Sandes, André Vello e o bodyboarder Bernardo Nassar registraram as ondas no pico chamado de laje do 2012, na baía de Vitória

Foto: Felipe Dias (@felipe_sdias)
Luiz Hadad encara uma das ondas da laje do 2021, também chamada de Baixa do Navio Fantasma

O Espírito Santo, definitivamente, está no mapa de ondas grandes. Na última sexta-feira (17) ondas de mais de 4 metros de altura — o equivalente a pouco mais do que um andar de um prédio — foram surfadas na baía de Vitória, em um ponto conhecido como a laje do 2012 ou Baixa do Navio Fantasma.

Essa onda fica situada no canal de Vitória e tem chamado a atenção por seus tubos perfeitos e azuis.

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A expedição foi formada pelos surfistas Luiz Hadad, Fabio Sandes, André Vello e pelo bodyboarder Bernardo Nassar. Bernardo, Luiz e Fábio são membros do coletivo NXF Slab, um grupo de atletas que desbrava ondas de consequência, conhecidas como "Slabs", no litoral capixaba. Esse coletivo foi responsável por mostrar a laje da Avalanche para o mundo.

VEJA O VÍDEO DA EXPEDIÇÃO:

A onda a laje do 2012 foi registrada pela primeira vez em maio de 2022, em uma ondulação menor. Na sexta-feira, porém, o "swell" estava maior. Doutor em Oceanografia, o especialista em medição de ondas Douglas Nemes conta que "as ondas surfadas nessa sessão passaram de 4 metros com tranquilidade".

O tamanho da onda é calculado pela face, medindo a distância entre base da mesma e ponto mais alto do "lip", utilizando o surfista ou bodyboarder como referência de escala.

Foto: Felipe Dias (@felipe_sdias)
O bodyboarder Bernardo Nassar desbrava a laje do 2012 e acredita que a temporada será de altas ondas

NOVO "DIAMANTE" NA COSTA CAPIXABA

Os registros da expedição ficaram por conta do videomaker Felipe Dias, com o apoio marítimo por Alexandre Arantes, o capitão Magaiver. A equipe saiu inicialmente em busca da laje de Carapebus, situada há 30 minutos de navegação da costa. Chegaram lá, mas a onda não estava quebrando. Voltaram e resolveram checar esta bancada com mais atenção, pois as ondas estavam demorando.

Nisso, encontraram um verdadeiro "diamante" na gíria do surfe. A cada 30 minutos entrava uma série com ondas com mais de 4 metros, perfeitas, azuis e tubulares, em frente à baía de Vitória, com o visual da Terceira Ponte e do Morro do Moreno.

"A cada swell que atinge o litoral Capixaba, descobrimos novos 'diamantes' em nossa costa. Ter o privilégio de surfar ondas azuis, pesadas e tubulares no quintal da nossa casa é um sonho que se tornou realidade. O 2012 é uma bancada muito temperamental e descobrimos mais uma de suas facetas nessa ondulação: a onda quebra grande e perfeita, com qualidade internacional", comemorou o surfista Luiz Hadad.

OUTROS PICOS

A onda do 2012, assim, se junta aos já famosos 'slabs' de Vila Velha, cidade que virou referência devido às ondas como a laje da Avalanche, Coral do Céu e D2. O bodyboarder Bernardo Nassar acredita que essa temporada é diferente das outras, e revela que as expectativas estão altas para 2024.

"Estamos animados e acreditamos que esta será mais uma temporada com altas ondas no litoral capixaba. Estamos na torcida para pegar outros swells como foram aqueles de 2019 e 2021, quando a Avalanche ficou conhecida mundialmente", lembra Nassar.

Foto: Reprodução/ Ales/ Gabriel Henriques
Imagem do pico Avalanche, que detém o título de maior onda já surfada do Espírito Santo

O Avalanche detém o título de maior onda já surfada do Espírito Santo. O feito aconteceu em julho de 2019, quando o surfista carioca Ian Vaz encarou uma "parede" de 11 metros, até então a maior do Brasil, superada somente em 2023 por uma onda de 15 metros surfada na laje de Jaguaruna, litoral sul de Santa Catarina.

Já o surfista Fábio Sandes, um dos desbravadores das Baixas de Carapebus, tem certeza que ainda serão descobertos novos picos no Estado: "Ainda existem outros tesouros a serem descobertos no litoral capixaba. Estamos buscando apoio de empresas e também em projetos de lei de incentivo para conseguir viabilizar expedições como esta, que consegue estar na hora e lugar certo, com uma equipe posicionada para registrar essas ondas incríveis no nosso litoral".

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