Esportes

Rebeca brilha e Brasil leva bronze na ginástica feminina por equipes

Liderado pelo fenômeno Rebeca Andrade, seleção brasileira de ginástica artística conquista a inédita medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

Redação Folha Vitória
Foto: Ricardo Bufolin/CBG

A seleção brasileira de ginástica artística fez história. Liderado pelo fenômeno Rebeca Andrade, o Brasil conquistou a inédita medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira conquistaram a medalha de bronze da Olimpíada de Paris-2024, com pontuação total de 164,49, em disputa vencida pelos Estados Unidos de Simone Biles, principal rival de Rebeca nas futuras finais individuais. As americanas ficaram com 171,296 contra 165,494 da Itália, que ficou com a prata.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Entre no nosso canal do Telegram!

Nas outras duas vezes em que o País foi para final, em Pequim-2008 e Rio-2016, a posição do time foi o oitavo lugar. O pódio histórico desta terça-feira (30) veio graças a uma nota 15,100 atribuída a Rebeca na última apresentação da última rotação brasileira, o salto. Foi a segunda maior pontuação em um aparelho nestes Jogos.

VEJA TAMBÉM: VEJA O QUADRO DE MEDALHAS

ACIDENTE LOGO NO AQUECIMENTO

A disputa começou pelas barras assimétricas, em revezamento com a China na primeira rotação. Lorrane Oliveira foi a primeira brasileira a se apresentar e recebeu a nota 13,000 dos juízes. Então, Flavinha, que sofreu um corte no supercílio durante o aquecimento, foi a segunda a se apresentar. Com um curativo no local, foi um pouco melhor que a compatriota e conseguiu 13,666.

Rebeca elevou a pontuação geral brasileira com um 14,533, deixando o Brasil em quarto lugar ao fim da primeira rotação.

Na trave, Flavinha foi mais firme e segura em uma apresentação bastante precisa até um desequilíbrio perto do final, até encaixar um mortal lateral perfeito antes de concluir com boa saída, em exibição avaliada com 13,433. Já Júlia Soares, que vai disputar a final individual da trave, caiu e ficou com 12,400.

Em sua vez, Rebeca se desequilibrou e teve desconto na apresentação, mas realizou uma ótima saída com duplo carpado e quase cravou para ter 14,133. Ao fim, o Brasil aparecia em sexto lugar da classificação geral. Estados Unidos, em primeiro lugar, Itália, em segundo, e China, em terceiro, dominavam a disputa.

A terceira rotação da equipe brasileiro foi no solo, com grande expectativa de melhorar a nota. A apresentação de Júlia ao som de Raça Negra e Edith Piaf correu bem e rendeu 13,233 pontos para o Brasil, antes de Flávia Saraiva levar o "Can-Can" para o ginásio e acrescentar mais 13,533 para a pontuação total.

A esperança era de elevar o número com uma nota acima 14 de Rebeca Andrade, a última a se apresentar. A guarulhense se desequilibrou na aterrissagem após os primeiros mortais, mas voltou ao prumo cravando o "tsukahara" e concluindo os mortais mais difíceis para encerrar o número, ao som de uma combinação de Anitta, Beyonce e Baile de Favela, para receber 14,200, conforme a expectativa.

DECISÃO NO SALTO

Coube a Jade Barbosa, Flávia E Rebeca a responsabilidade de competir na última rotação, com disputa no salto.

Primeira a se apresentar, a experiente Jade se desequilibrou na chegada e pisou fora da marcação, mas conseguiu um razoável 13,366. Em seguida, Flavinha não foi perfeita na aterrissagem, após dupla pirueta, porém finalizou melhor que Jade, por isso ficou com 13,900.

Estava nas mãos de Rebeca a responsabilidade de conseguir o inédito pódio para o País. De um "cheng" bem executado, como de costume para a guarulhense, veio a incrível avaliação de 15,100 para dar ao Brasil sua primeira medalha da história. Houve ainda um momento de espera até os demais países concluírem as rotações finais. Aí sim, veio a celebração brasileira.

VEJA TAMBÉM: Ainda tem chance? Como está a situação do capixaba André nos Jogos Olímpicos