Esportes

OPINIÃO | Rebeca já está na prateleira de Ayrton Senna, Guga e Cesar Cielo

Rebeca Andrade, 25 anos, é um daqueles fenômenos que o esporte brasileiro vê surgir de tempos em tempos

Flávio Dias

Redação Folha Vitória
Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Julia, Rebeca, Jade, Lorrane e Flavinha: conquista inédita de medalha de bronze nos Jogos de Paris

Rebeca Andrade é um daqueles fenômenos que o esporte brasileiro vê surgir de tempos em tempos. Não somos um País com uma política esportiva de massificação do esporte. Longe disso. Mas, ainda assim, vemos brotar atletas que marcam história não apenas no esporte brasileiro, mas no esporte mundial.

Rebeca é dessas! Aos 25 anos, já está na prateleira de nomes como Ayrton Senna, Gustavo Kuerten e Cesar Cielo. Duvida?

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A medalha de bronze conquistada nesta terça-feira foi a da mesma cor da medalha conquistada pela judoca Larissa Pimenta no sábado. Me conta: em qual delas você se emocionou mais? Culpa da Rebeca!

Foto: Miriam Jeske/COB

O que ela fez na final por equipes foi monstruoso! Liderou a equipe brasileira, puxando as notas pra cima com suas apresentações. Teve a garra da Flavinha, a experiência da Jade, o sangue frio da Lorrane, o sangue novo da Julia. Mas a inédita medalha de bronze por equipes teve, principalmente, o talento incrível da Rebeca.

E ela tá só começando nesta Olimpíada. Campeã olímpica no saldo e prata no individual geral em Tóquio-2021, Rebeca já tem agora três medalhas olímpicas. E pode (e vai) aumentar a sua coleção particular, pois ainda disputa finais do individual geral, salto, trave e solo.

OLIMPÍADA É PARA FURAR BOLHAS

Você vê que a Olimpíada é um evento especial quando, de repente, todo mundo "entende" de "flip", "Yurchenko", "drop", "shido" e por aí vai.

Um dos grandes objetivos deste imenso evento é furar a bolhas das modalidades, ampliando o público de interesse e dando a oportunidade a quem nunca se interessou por esportes de começar a acompanhar mais de perto, praticando ou só torcendo mesmo.

Provavelmente, você nunca assistiu a uma competição de ginástica aí na sua cidade. Mas parou pra ver a seleção brasileira nas Olimpíadas. Torceu e até "cornetou". É sobre isso!

VEJA TAMBÉM: Ainda tem chance? Como está a situação do capixaba André nos Jogos Olímpicos

RAYSSA TAMBÉM É GIGANTESCA

Foto: Gaspar Nobrega/COB

Se Rebeca já é uma das lendas vivas do esporte brasileiro, Rayssa Leal não fica atrás. É incrível ver que ela tem somente 16 anos, mas já foi a duas Olimpíadas e conquistou medalhas nas duas — prata em Tóquio-2021 e bronze em Paris-2024.

Rayssa, assim como Rebeca, tem talento, tem resultados e tem uma coisa que é natural dos grandes nomes do esporte mundial: carisma. E isso não se ensina...

TOQUES RÁPIDOS

> É preocupante ver como a natação brasileira caiu de rendimento nas últimas edições das Olimpíadas. O sinal de alerta tá ligado e algo precisa ser feito para que o Brasil volte a estar nas finais e, a partir daí, volte a brigar por medalhas.

> O judô já mostrou serviço com duas medalhas em Paris-2024. A expectativa por uma medalha para Rafaela Silva também era grande, mas não rolou. Mas ainda tem água pra rolar e mais pódios podem vir com Mayra Aguiar e Rafael Baby.

> Opinião impopular: é muito legal saber que o Brasil é potência no surfe mundial. Mas assistir 30 minutos de bateria pela TV não é das melhores experiências, principalmente quando os surfistas estão aguardando e escolhendo as ondas. Na praia, funciona. Pela TV, nem tanto. Já o skate foi bem maneiro e dinâmico.


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