Esportes

Melhor remador do Brasil dá aulas pra completar a renda em Vitória

Robert Almeida é dono de uma escola de canoa haviana em Vitória, a Mahina, com bases na Curva da Jurema e em Jardim Camburi

Flávio Dias

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/IVFIV
Robert Almeida fez história no Mundial de Va'a em Samoa

Robert Almeida fez história em Samoa, ao conquistar a medalha de bronze na categoria V1 Open do Campeonato Mundial de Va’a Longa Distância. Mas apesar de viver da canoa, o sul-matogrossense não se considera uma atleta profissional. Afinal, além de competidor, Robert é dono de uma escola de canoa haviana em Vitória, a Mahina — com bases na Curva da Jurema e em Jardim Camburi.

“Eu vivo exclusivamente da canoa hoje porque eu trabalho com isso. Eu tenho a base, eu dou aula, as pessoas me procuram pra ter aula. Mas não sou atleta profissional como é um jogador de futebol, por exemplo. Eu tenho que dar aula pra viver”, contou o melhor remador do Brasil.

A dedicação cobra um preço caro. Afinal, em alguns dias ele pode ficar até 8 horas dentro d’agua, entre aulas para os alunos e os próprios treinos.

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“É muito pesado. Porque tenho que dar aula, fazer meus treinos e fica pesado porque passo horas e horas dentro da água. Cada aula tem 1 hora, basicamente, e se eu der quatro, cinco, seis, sete ou até oito aulas por dia...!!! Isso mais os meus treinos, que têm 2 horas quase todo os dias. Aos finais de semana, demora um pouco mais. E ainda tenho os treinos de força, que são fora da água. Treino duas vezes por dia, quase todos os dias. Fica bem pesado”, contou o campeão.

Convite para criar uma nova geração de remadores

Robert sabe que é uma das referências no esporte. Não só dentro d’água, competindo, mas também ensinando.

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E aproveita para fazer um convite, já pensando em criar uma nova geração de remadores.

“Quem quiser remar é só entrar em contato com a gente. É só vir aproveitar. A gente compete e tudo, mas canoa não é só competição. É saúde, é lazer. Dá pra todo mundo remar, pai, mãe, filho, tio, avó... mas, principalmente, as crianças. A gente tem poucas crianças remando. Quanto mais crianças estiverem remando, melhor pra todo mundo”.