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"Rei de Copas", Rodrigo César mostra o caminho do título ao Serra

Atual campeão da Copa Espírito Santo, treinador tem a chance de se consagrar pelo segundo ano consecutivo do torneio que já conquistou outras duas vezes como jogador

Foto: Laila Pecorari/Serra FC

Faltam dois dias para a decisão da Copa Espírito Santo, entre Serra e Rio Branco. A final, que acontece em jogo único, será no sábado (26), às 15 horas, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica.

O Serra disputa a decisão do torneio pela primeira vez em sua história. No entanto, para buscar a conquista inédita, o clube conta com a experiência de um treinador que conhece bem a competição, seja sentado no banco de reservas ou dentro das quatro linhas.

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Rodrigo César é um verdadeiro “Rei de Copas” na competição estadual. Como jogador, conquistou o título em duas oportunidades, em 2015, pelo Espírito Santo, e 2018, pelo Vitória. Já trabalhando na área técnica, ele é o atual campeão, tendo conquistado o torneio na temporada passada (2022), também com o Vitória.

Curiosamente, o título conquistado na última temporada aconteceu em uma decisão disputada contra o mesmo Rio Branco no Kleber Andrade. Na ocasião, o Vitória de Rodrigo César levou a melhor nos pênaltis sobre o rival. Apesar das semelhanças do caminho em busca de mais uma conquista, César ressalta as diferenças entre os trabalhos entre a antiga equipe e o time atual.

“Com o Vitória, a gente tinha uma equipe remanescente do Capixabão, em que nós tínhamos chegado à final e mantivemos a mesma equipe. Então, fomos muito fortes para a Copa Espírito Santo. O desafio aqui no Serra foi muito mais complicado, foi de montar a equipe do zero praticamente. Ficaram quatro jogadores remanescentes do Capixabão. O trabalho foi muito mais difícil e, então, se torna muito mais prazeroso estar nessa decisão de novo, diante de uma grande equipe, o Rio Branco, no maior palco do nosso estado, que é o Kleber Andrade”, destacou César que sonha com mais um título para coroar a campanha.

Foto: Laila Pecorari/Serra FC

“É uma sensação muito boa e estou muito feliz com esse momento que estou vivendo junto com a minha equipe. Esperamos no final de semana fechar essa nossa campanha com título”, concluiu.

Apesar de mais uma vez poder dar a volta olímpica no Kleber Andrade, o treinador vai ter que curtir a final como um espectador. Isso porque ele foi expulso nos minutos finais da partida de volta das semifinais contra o Porto Vitória e vai cumprir suspensão na final. 

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“Não veio na memória ainda a sensação de ficar de fora da decisão. Acho que na hora ali que vai cair a ficha. Mas estou trabalhando muito durante a semana com o meu auxiliar para que eles possam fazer um grande trabalho ali na beirada do campo também. Os jogadores dentro do campo já entendem o trabalho, já sabem o que tem que ser feito, então a gente espera que a minha ausência não afete nada dentro do campo, que a gente consiga o nosso objetivo principal”, ressaltou.

Perto de mais uma decisão da carreira, o treinador falou ao Folha Vitória sobre suas referências como técnico, destacou os pontos fortes da sua equipe, os cuidados que precisam tomar na decisão e elogiou o trabalho do técnico adversário, Max Sandro. 

Confira os destaques da entrevista com Rodrigo César:

Pontos fortes do Serra

“Nosso ponto forte é nossa organização. Sem a bola, a equipe tem um ajuste tático muito bem definido, os atletas comprando bem a ideia. Nosso poder ofensivo é um ponto forte. Não é à toa que somos o melhor ataque da competição. A gente espera contar com a organização da equipe sem a bola e com o ataque bem ajustado para conseguirmos conquistar o nosso objetivo”.

Ameaças do adversário

“O Rio Branco tem grandes jogadores, sendo o principal o Erick Flores. Temos que ter uma atenção com ele especial. É um time bem montado pelo Max Sandro, que fez um grande trabalho nessa competição. Tem algumas variações que a gente vem estudando e esperamos neutralizar os pontos fortes dele para podermos ser felizes nessa final”.

Referências na profissão

“Tem alguns nomes que eu me inspiro, sim, que eu gosto do modelo de jogar. O Fernando Diniz é um que eu me espelho muito. Não só da forma de jogar, mas na forma de gerir o seu grupo. Tem o Ancelotti, que eu li o livro, que eu me identifiquei muito com o trabalho dele, desde que ele começou a carreira como treinador, ele também foi ex-atleta. São dois treinadores que eu acompanho, sou muito fã e me inspiro muito neles”

Trabalho do Max Sandro

“Tem que dar os parabéns ao Max. Ele vem fazendo um grande trabalho frente ao Rio Branco, um clube com pressão grande de trabalhar e ele vem suportando bem e trazendo o time à final da competição. Teve que remontar a equipe toda no meio da competição e conseguiu fazer isso. A gente vê que é um grande treinador, um treinador com uma identidade de jogo bem definida. Dar os parabéns pelo trabalho dele e que vença quem estiver mais concentrado e que estiver mais preparado nessa final”.

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