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Brasil derrota Japão no basquete: o que falta para a classificação

Seleção brasileira masculina de basquete vence o Japão e aguarda encerramento dos outros grupos para saber se vai ou não se classificar nos Jogos Olímpicos

Redação Folha Vitória
Foto: Gaspar Nobrega/COB

O Brasil venceu o Japão por 102 a 84 na terceira e última rodada do Grupo B do basquete masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Com o resultado do jogo realizado na manhã desta sexta-feira (2), a seleção confirma a terceira posição na chave, atrás de França e Alemanha.

Agora, resta ao Brasil torcer contra adversários de outros grupos para conseguir classificar-se às quartas de final como um dos melhores terceiros colocados. A definição só sai no sábado (3).

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O que o Brasil precisa para se classificar

No torneio olímpico, as seleções foram divididas em três grupos, com quatro equipes em cada. Os dois primeiros colocados avançam de fase, assim como os dois melhores terceiros.

O Brasil avança com pelo menos um destes resultados:

> Vitória da Sérvia por dois ou mais pontos sobre o Sudão do Sul
> Vitória do Canadá sobre a Espanha por três ou mais pontos 
> Vitória da Grécia sobre a Austrália por seis ou mais pontos

BRUNO CABOCLO BRILHA

O destaque do Brasil foi o ala-pivô Bruno Caboclo, com 33 pontos, 17 rebotes e uma assistência. Do outro lado, o melhor desempenho ficou com o americano-japonês Josh Hawkinson, finalizando com 26 pontos e 10 rebotes.

Foto: Gaspar Nobrega/COB
O capixaba Didi entrou e contribuiu com dois pontos para a seleção brasileira contra o Japão

O capixaba Didi jogou por seis minutos e contribuiu com dois pontos e um rebote. Foi a partida com maior participação do ala-armador, que jogou apenas 16 segundos na estreia contra a França e não entrou em quadra na derrota para a Alemanha, na segunda rodada.

VEJA TAMBÉM: Como foi a participação da capixaba Patricia Scheppa nos Jogos Olímpicos

VITÓRIA SOB PRESSÃO

A equipe precisava vencer nesta sexta-feira e, se possível, com boa diferença de pontos para recuperar os 25 pontos negativos de saldo, após duas derrotas na campanha. Com isso, já era possível ficar em terceiro lugar no Grupo B.

O Brasil começou inspirado. Com a necessidade de saldo, o time buscava arremessos de três pontos, o que vinha funcionando. A vantagem era boa, mas longe do necessário, no final do primeiro quarto, que finalizou 31 a 20.

O Japão encostou no começo do segundo quarto. O Brasil não conseguia recuperar os rebotes na defesa. O técnico Aleksandar Petrovic precisou pedir tempo para corrigir o time. As instruções funcionaram e a seleção brasileira conseguiu melhorar na defesa, forçando que os japoneses arriscassem arremessos de longe. Assim foi possível aumentar a margem do placar, que chegou a 50 a 36 para o Brasil.

Ao final do primeiro tempo, os brasileiros venciam por 55 a 44, mesmo que o segundo quarto tenha terminado empatado por 24 a 24.

CABOCLO ASSUME O PROTAGONISMO

O recomeço de jogo mostrou o Brasil mais focado. Com intensidade, o quinteto composto por Caboclo, Raulzinho, Gui Santos, Leo Meindl e Marcelinho chegou a 16 pontos de vantagem. Uma pedra no sapato foi o pivô Josh Hawkinson. O japonês nascido em Seattle, nos Estados Unidos, converteu cinco arremessos de três pontos no segundo tempo.

Na ausência de Rui Hachimura, estrela do Los Angeles Lakers que sofreu uma lesão na panturrilha esquerda, Yuki Kawamura assumiu o protagonismo da equipe japonesa.

O foco foi perdido, e a seleção perdeu o controle emocional com marcações de faltas. O Japão aproveitou e diminuiu a vantagem para apenas dois pontos. O terceiro quarto foi dos japoneses, por 24 a 22.

A seis minutos do final do jogo, a vantagem brasileira era cinco pontos. Nesse momento, importava mais garantir a vitória, embora ainda fosse necessário fazer saldo. Diante de um aguerrido Japão, o Brasil fez o jogo que deveria ter feito desde o começo da Olimpíada. Caboclo, que demonstrou imaturidade contra a Alemanha, foi decisivo com 31 pontos.