Capixaba é uma das esperanças de medalha inédita no tiro esportivo nas Paralimpíadas
Bruno Stov Kiefer viaja no sábado (24) para Paris, onde tem chances de conquistar a primeira medalha do Brasil no tiro esportivo em Jogos Paralímpicos
Os atletas brasileiros do tiro esportivo disputarão os Jogos Paralímpicos de Paris em busca da primeira medalha do País no megaevento. Para isso, o País contará com o capixaba Bruno Kiefer.
Ao lado do paulista Alexandre Galgani e da catarinense Jéssica Michalack, o capixaba integrou o trio que obteve o primeiro pódio brasileiro em um Mundial da modalidade, em setembro deste ano.
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A conquista veio no Mundial disputado em Lima, no Peru, em setembro. Bruno, Jéssica e Alexandre obtiveram a medalha de bronze por equipes na prova R4 Carabina de Ar – 10m – posição em pé SH2, resultado inédito para o Brasil.
ESPERANÇA DE MEDALHA
A categoria por equipes não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos. Porém, a medalha no Mundial enche o atirador capixaba de esperança.
“Foi um ciclo de treinos constantes, muitos campeonatos para os quais o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) nos levou. Estamos com muito ritmo de competição, o que é muito importante. Além disso, tivemos apoio profissional fundamental, da equipe de psicólogos, dos treinadores. Sinto que chego muito preparado para dar o meu melhor e o resultado vai ser consequência disso”, afirmou Bruno Kiefer.
Experiente, Bruno, 38 anos e paratleta do Álvares Cabral, que tem paralisia cerebral, afetando movimentos dos membros inferiores e superiores, especialmente o lado direito do corpo. Ele começou no tiro esportivo a convite de uma pessoa que o parou na rua. Gostou tanto que seguiu em frente e foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez em 2018.
Entre suas principais conquistas, estão a medalha de bronze por equipes no Mundial do ano passado e também o bronze na carabina de ar 10m e 50m misto nos Jogos Parapan-Americanos de Lima/2019.
CAPIXABAS NAS PARALIMPÍADAS DE PARIS
Além dele, outro capixaba integra a equipe de tiro esportivo do Brasil em Paris: Mário Pinheiro Júnior, convocado para a equipe de apoio do tiro esportivo. No total, o Espírito Santo terá 11 representantes nos Jogos Paralímpicos que começam no dia 28 de agosto.
CAPIXABAS NA PARALIMPÍADA DE PARIS
> Mariana Gesteira (natação)
> Patricia Pereira dos Santos (natação)
> Luiza Fiorese (vôlei sentado)
> Thiago Rocha (vôlei sentado)
> Daniel Mendes da Silva (atletismo)
> Lorraine Aguiar (atletismo)
> Marcos Vinicius de Oliveira (atletismo)
> Bruno Stov Kiefer (tiro esportivo)
> Mario Pinheiro Júnior (apoio/tiro esportivo)
> Leonardo Miglinas (técnico/natação)
> Fernando Martins Júnior (guia/atletismo)
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RETA FINAL DE PREPARAÇÃO
Os atletas do tiro esportivo estão concentrados no Rio de Janeiro desde o dia 12 de agosto. A equipe embarca para a França no sábado (24) e segue diretamente para a Vila Paralímpica.
E vai levar na bagagem uma expectativa real de medalha, na avaliação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
“Estamos observando melhora na pontuação de nossos dois atletas (Bruno e Alexandre). Chegamos aos Jogos com expectativa real de buscar uma medalha, sabendo que não é fácil. O tiro esportivo paralímpico evoluiu em todo o mundo e, para chegar à final, nossos atletas terão de bater recordes brasileiros. Porém, vemos possibilidade real de isso acontecer, porque isso vem ocorrendo nos treinos muitas vezes. Chegando à final, as chances são iguais para todos”, avalia o coordenador de tiro esportivo do CPB, James Walter.