Como foi a participação da capixaba Patricia Scheppa nos Jogos Olímpicos
Duas vezes eleita a melhor jogadora do mundo, Patricia Scheppa participou de exibição e encantou público e autoridades do Comitê Olímpico Internacional
Longe dos principais holofotes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, uma modalidade que tem tudo a ver com o Brasil e, em especial, com o Espírito Santo deu o que falar na primeira semana das Olimpíadas.
O "beach handebol", ou handebol de praia, entrou no programa olímpico em Paris como esporte de exibição. Foram convocados os melhores jogadores do mundo, entre homens e mulheres. E, claro, a capixaba Patricia Scheppa estava lá.
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Natural de Santa Teresa, a atleta de 36 anos tem uma carreira extremamente vitoriosa da modalidade. Foi quatro vezes campeã mundial e eleita duas vezes a melhor do mundo, além de já ter sido apontada como a jogadora mais valiosa do mundo (MVP) na modalidade e indicada pela Federação Internacional de Handebol como uma das "lendas do beach handebol".
DISPUTA SÓ COM ESTRELAS DA MODALIDADE
Em Paris, o beach handebol foi disputado em um formato no qual foram convocados os 64 melhores do mundo para uma competição de All-Stars. Patricia fez parte do Time Vela, que venceu todos os seis jogos que disputou.
"Foi emocionante! Dentro e fora de quadra. Sabemos que o handebol de praia é um esporte repleto de jogadas espetaculares, dinâmico, uma modalidade com uma energia maravilhosa, muita alegria, garra e fair play. E nessa exibição nos Jogos Olímpicos não poderia ser diferente. Tivemos jogos de alto nível, um verdadeiro espetáculo que demonstra muito bem o que é o handebol de praia. Além de todo espírito olímpico com a interação entre os países. Foi uma experiência fantástica!", vibra Patricia.
O objetivo da exibição foi mostrar às principais autoridades do Comitê Olímpico Internacional (COI) o potencial da modalidade, além de "testar" o envolvimento com o público. E funcionou.
"Sem dúvidas. Recebemos várias autoridades do COI, da Federação Internacional de Handebol, e entre outras autoridades e ícones que tem força no esporte a nível mundial. O feedback foi muito positivo e agora seguimos trabalhando para que a modalidade se torne olímpica. Ela já atende aos requisitos e as expectativas são as melhores possíveis", conta a capixaba, que se aprovou também a reação do público em relação aos jogos:
"Todos vibraram muito com as jogadas espetaculares, ficaram encantados. Se notava a alegria, tivemos uma estrutura maravilhosa, e todo público contribuiu para o espetáculo dentro e fora de quadra".
FOTOS NA TORRE E VISITA À VILA OLÍMPICA
Os convocados para a exibição do handebol de praia não ficaram hospedados na Vila Olímpica junto com atletas das outras modalidades e delegações.
Mas houve tempo para a visitar o local. E também para conhecer outros pontos turísticos da "Cidade Luz".
"Não ficamos na Vila Olímpica, nossa estrutura estava em Créteil. Fizemos algumas passeios sim e visitamos a Vila, assistimos aos jogos, vimos a cerimônia de abertura. E não podia faltar a foto na Torre Eiffel com os arcos olímpicos. Encontramos alguns atletas e também recebemos a visita de atletas olímpicos, que acompanham e torcem pelo handebol de praia, eles foram nos prestigiar", contou Patricia.
QUEM SÃO OS CAPIXABAS EM PARIS
O Espírito Santo tem nove atletas disputando os Jogos Olímpicos de Paris-2024, além da dupla de vôlei de praia Evandro/Arthur Lanci, que mora e treina no Estado desde janeiro deste ano.
Patricia Scheppa foi uma das convocadas para exibições, assim como os lutadores Pedro Arthur Alves e Mikaela Oliveira, que vão fazer apresentações na disputa mista por equipes do taekwondo.
Os demais são: Ana Claudia Bolzan (handebol), André Stein (vôlei de praia), Déborah Medrado e Sofia Madeira (ginástica rítmica), Didi Louzada (basquete) e Paulo André Camilo (atletismo).
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