OPINIÃO | Paris mostra a força das mulheres no esporte brasileiro
Brasil se despede dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 com campanha marcante das mulheres, mas com desempenho inferior aos Jogos de Tóquio-2021
As Olimpíadas de Paris terminaram para o Brasil neste sábado (10). Ainda há disputas de medalhas no domingo (11), mas sem a participação de brasileiros. Assim, a medalha de prata do futebol feminino e a medalha de bronze do vôlei feminino foram as últimas do Time Brasil.
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Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 não foram irretocáveis, tampouco foram os mais marcantes em termos de estrutura ou cerimônias. A exceção foi a lindíssima arena do vôlei de praia aos pés da Torre Eiffel, que será lembrada para sempre.
Mas algo que ficará marcado é que esta foi a Olimpíada das mulheres do Brasil. Das 20 medalhas, 12 foram conquistadas diretamente por elas e uma teve a participação delas junto com os homens, o bronze do judô por equipe mista. Elas deram show!
Mulheres de ouro
Dos três ouros brasileiros, TODOS foram das mulheres: Bia Souza, Rebeca Andrade e a dupla Ana Patrícia e Duda.
As mulheres também foram maioria na delegação brasileira, com 56% do Time Brasil. E não tem mais volta! Que elas continuem crescendo, conquistando resultados e recebendo incentivos e condições melhores de treinamento e competições.
A maior de todas!
O maior nome da Olimpíada para o Brasil foi Rebeca Andrade. Arrisco a dizer que está entre os cinco maiores nomes dos Jogos Olímpicos de Paris, entre todas as nações. Por quê? Porque ela ganhou da maior de todos os tempos, a americana Simone Biles, na final do solo na ginástica artística.
Rebeca já é a maior medalhista olímpica da história do Brasil, com seis medalhas. E vai ganhar mais em Los Angeles-2028!
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O maior de todos!
Se Rebeca merece todos os elogios e aplausos, o mesmo vale para o técnico José Roberto Guimarães. É verdade que técnico não ganha medalha (oficialmente), mas ele conquistou em Paris o seu quinto pódio olímpico.
Com o bronze da seleção feminina de vôlei, Zé Roberto tem agora 3 ouros (Barcelona-1992 com a seleção masculina, Pequim-2008 e Londres-2012 com a seleção feminina), 1 prata (Tóquio-2021 com a seleção feminina) e 1 bronze (Paris-2024 com a seleção feminina). Um monstro!
Paris-2024 x Tóquio-2021
O Brasil fecha esta edição com 20 medalhas, uma a menos do que os Jogos de Tóquio-2021, quando teve a sua melhor campanha na história. Porém, há três anos, foram 7 ouros, contra apenas 3 agora na França.
Alguns favoritismos não se confirmaram e contribuíram para esta queda, como Bia Ferreira, no boxe, e Gabriel Medina, no surfe, e Rayssa Leal, no skate. Por outro, lado Bia Souza foi uma grata surpresa e se tornou campeã olímpica no judô.
Judô sempre no pódio!
O judô manteve a sua tradição. A modalidade só não conquistou medalhas em três edições olímpicas: Tóquio 1964, Cidade do México 1968 e Moscou 1980!!!!
Em Paris, rendeu o ouro com Bia Souza, a prata com Willian Lima e os bronzes com Larissa Pimenta e com a equipe mista!
Natação faz falta...
Já a natação faz falta ao Brasil no quadro de medalhas. A modalidade volta de Paris zerada, com o pior desempenho dos últimos 36 anos. Uma pena para um esporte de tanta tradição no País, o quarto que ganhou mais medalhas olímpicas para o Brasil (15), atrás do judô, vela e atletismo.
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