Esportes

Ginasta brasileira sai carregada de apresentação na ginástica rítmica

A apresentação da seleção brasileira de conjunto de ginástica rítmica nas Olimpíadas teve contornos dramáticos e terminou com as "Leoas" fora das finais

Redação Folha Vitória
Foto: Ricardo Bufolin/ CBG
A apresentação do conjunto brasileiro terminou com choro e emoção devido à lesão de Victoria Borges

A apresentação da seleção brasileira de conjunto de ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 teve contornos dramáticos e terminou com as "Leoas" fora das finais da competição.

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Pouco tempo depois de terem feito a quarta maior nota na primeira apresentação, com arco, as brasileiras voltaram ao tapete para a apresentação mista, de três fitas e duas bolas. Porém, Victoria Borges competiu machucada, com lesão na panturrilha esquerda sofrida no aquecimento, e não conseguiu fazer alguns dos movimentos.

Assim, a equipe teve uma nota baixa e acabou fora da final, que reuniu as oito melhores equipes na soma das notas das duas apresentações.

O QUE ACONTECEU

Faltando dez minutos para o início da segunda apresentação, a ginasta Victoria Borges, integrante da equipe, sentiu a lesão na panturrilha esquerda. 

A lesão aconteceu enquanto Duda Arakaki, Nicole Pircio, Victoria e as capixabas Déborah Medrado e Sofia Madeira passavam a série pela última vez, antes de entrar em quadra pela segunda vez para competir.

Ela competiu machucada, mas sem fazer os movimentos de maior dificuldade. Ao fim da apresentação, chorando muito, Victoria saiu mancando e foi carregada.

“A Victória, após realizar a primeira série de competição sem restrições, apresentou uma dor aguda na musculatura da panturrilha durante o aquecimento, o que limitou sua capacidade de força para a segunda etapa da competição”, explicou o médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Rodrigo Sasson.

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QUARTA MAIOR NOTA NA 1ª APRESENTAÇÃO

Foto: Ricardo Bufolin/CBG
O conjunto brasileiro fez a quarta maior nota na primeira apresentação, com cinco arcos

O conjunto brasileiro já tinha feito a primeira apresentação, com o arco, e tinha tirado a quarta maior nota da fase classificatória, com 35.950. Assim, havia a expectativa de mais uma boa apresentação, que iria garantir o Brasil na final do sábado.

Porém, com Victória já machucada, a equipe perdeu muitos pontos de execução, já que a ginasta não conseguiu fazer os movimentos de dificuldade. Com isso, o Brasil caiu no quadro geral ao receber a nota de 24.950.

Logo no começo da apresentação foi possível ver que Victoria não acompanhava as ginastas em movimentos de maior complexidade. Ao final da apresentação ela desabou em lágrimas e foi consolada pelas treinadoras e companheiras de equipe, também emocionadas.

SONHO ADIADO

O esforço emocionou público e as companheiras de seleção, mas não evitou que o sonho da inédita medalha nos Jogos Olímpicos Paris 2024 fosse adiado. O Brasil terminou na nona colocação, com 60.900 pontos, a uma posição da final olímpica.

“É um misto de sentimentos, mas o que prevalece é o orgulho. A gente deu o nosso máximo. No aquecimento, 10 minutos antes de entrarmos, a Vic sentiu uma dor na panturrilha. A gente não sabia muito o que fazer, mas o nosso médico estava com a gente, ela foi atendida. Fizeram uma bandagem e ela quis tentar competir. A gente só tinha a agradecer porque a gente trabalhou duro para competir nessas Olimpíadas, era o nosso maior objetivo. Só gratidão porque a gente se uniu muito. Ela deu o máximo dela, só que não tinha condições de fazer as dificuldades corporais e por isso a nota não subiu tanto. A gente aceita o que vier, porque a gente sabe que deu o nosso melhor todos os dias”, contou a capitã Duda Arakaki.

Ao final da apresentação, muito emocionadas, as companheiras de seleção se abraçaram e consolaram Victoria, que foi carregada no colo pela técnica Camila Ferezin.



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