Esportes

Jogo do Capixabão Sub-20 é paralisado por caso de racismo

Jogo entre Porto Vitória e Sport/ES, pelo Capixabão Sub-20, ficou paralisado por cerca de 45 minutos após o árbitro Wendell Cabral ter sido chamado de "macaco"

Foto: Jordan Nunes / Capixaba Esporte
Árbitro Wendell Cabral, ao fundo, foi chamado de “macaco” e, por causa da ofensa, o jogo foi paralisado

A partida entre Porto Vitória e Sport/ES, pela terceira rodada do Capixabão Sub-20, ficou paralisada por cerca de 45 minutos, na tarde desta sexta-feira (22), por causa de um episódio de ofensas racistas ao árbitro Wendell Cabral.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

O jogo aconteceu no estádio Pedro Marianelli, no bairro Novo Horizonte, na Serra. Na volta do intervalo, quando o placar já apontada 3 a 0 para o Porto Vitória, o árbitro foi chamado de “macaco” por um torcedor, que foi identificado, mas deixou o local antes da chegada da Polícia Militar.

LEIA TAMBÉM: Federação de Futebol emite nota após caso de racismo no Sub-20

Após cerca de 45 minutos de paralisação, o jogo recomeçou. O Porto Vitória venceu a partida por 4 a 0.

O que prevê a lei

A Lei 14.532/2023, publicada em janeiro deste ano, equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa, com reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Não cabe mais fiança e o crime é imprescritível.

Segundo a legislação, deve ser considerada como discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência.

A lei ainda prevê que a manifestação racista ocorrer em ambientes esportivos, a pena é de dois a cinco anos de reclusão e proibição de frequência, por três anos, a locais destinados a práticas esportivas.

LEIA TAMBÉM: Time feminino denuncia machismo e homofobia no ES