Guardiola apoia greve de jogadores de futebol por redução de partidas
Em coletiva para falar do duelo do Manchester City com o Arsenal, pelo Campeonato Inglês, Pep Guardiola deu razão aos jogadores que criticaram o excesso de jogos
A revolta dos elencos por causa do aumento de partidas no calendário do futebol mundial parece também ganhar respaldo dos treinadores. Nesta sexta-feira (20), em coletiva para falar do duelo do Manchester City com o Arsenal, pelo Campeonato Inglês, Pep Guardiola foi questionado e deu razão a Rodri e Alisson, que durante a semana criticaram o excesso de jogos.
O treinador espanhol, contudo, disse que apenas os jogadores conseguiriam obrigar mudanças.
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A possibilidade de o City realizar até 80 partidas na temporada deixou os comandados de Guardiola preocupados. Rodri chegou a dizer que não há como manter o físico realizando entre 60 e 70 partidas. O goleiro brasileiro Alisson, do Liverpool, também reclamou do excesso de competições.
"Muitas, muitas vozes estão falando sobre o assunto. Para algo mudar, tem de partir dos jogadores, os únicos capazes de mudar alguma coisa", frisou Guardiola, explicando que sem jogadores, não há futebol: "O negócio pode ficar sem executivo, sem treinadores, sem diretores esportivos, sem mídia, sem donos, mas, sem os jogadores, não pode ser jogado. Eles, sozinhos, têm o poder para fazer isso (iniciar uma greve por redução no calendário)".
Guardiola enxerga que o movimento ganha força no mundo todo e que, se continuar assim, uma mudança é questão de tempo.
"Não é só o Rodri, são muitos, muitos jogadores, e não só neste país, mas, no mundo todo. As pessoas estão começando a falar, então veremos (o que vai acontecer)", completou Guardiola. A avaliação é que um rendimento em alto nível não pode superar as 50 partidas por ano.