Maylla Venturin é campeã brasileira profissional de bodyboarding
A bodyboarder Maylla Venturin, de Jacaraípe, na Serra, conquistou, aos 48 anos, o título do Circuito Brasileiro da temporada 2024
A capixaba Maylla Venturin tem um motivo e tanto para abrir o sorriso fácil e contagiante que já habitual. Afinal, ela acaba de conquistar o título brasileiro de bodyboarding na categoria profissional.
Sete anos após ser campeã brasileira profissional pela primeira vez, a fera de Jacaraípe repetiu a dose no fim de semana, ao vencer o evento Rio Delas Sport Festival, na Barra da Tijuca, no Rio (RJ). O vice-campeonato da temporada ficou para Maíra Viana, que também representa o Espírito Santo e é a favorita a conquistar o título mundial ainda este mês.
VEJA TAMBÉM:
> Patricia Pereira faz história para o ES nas Paralimpíadas de Paris
> ES no pódio! Mari Gesteira conquista a sua segunda medalha em Paris
> FOTOS | Veja quem são as medalhistas do ES nas Paralimpíadas
REGULARIDADE NA TEMPORADA
Em grande fase, aos 48 anos, Maylla Venturin venceu duas das quatro etapas da temporada — Ipanema, em Pontal (PR) e Barra do Tijuca, no Rio —, foi terceira colocada em Itacoatiara (RJ) e vice em Saquarema (RJ).
“Foi um final de semana cheio de emoções, foi incrível! Um evento maravilhoso! Eu estava na disputa pelo título e conquistei o meu objetivo, que era ser campeã brasileira em 2024. De quebra, ainda fui campeã da etapa. Foi muito irado pra mim. Realmente, foi sensacional”, comemorou Maylla.
A conquista teve momentos de apreensão. Afinal, no sábado (31), a bodyboarder caiu para repescagem e viu o caminho para o título ficar mais complicado. Mas ela encontrou forças para superar a adversidade e, no final, comemorar muito o seu terceiro título nacional: venceu em 1997, na categoria amador, e em 2017 e 2024 na categoria profissional.
“No sábado, eu caí para a repescagem e fui dormir muito triste, pensando em tudo que eu precisaria fazer, rezei muito também (risos). Aí, no domingo, eu peguei todas as minhas forças e era tudo ou nada na repescagem. Passei e aí fui pensando uma bateria de cada vez. Na semifinal, eu entrei na água e me avisaram que eu era a campeã porque a Francis Aoto, que também tinha chances, havia sido eliminada. Foi a maior emoção receber a notícia dentro d’água! E aí foi só alegria! Consegui surfar bem relaxada e tô amarradona até agora”, contou a campeã brasileira.
AUGE AOS 48 ANOS
Aos 48 anos, Maylla vive um dos melhores momentos da carreira, se não o melhor. A maturidade é uma das razões, assim como as escolhas que fez pelo caminho.
“É um processo, né? São muitas coisas que a gente tem que realizar pra ter essa vitória. A gente abre mão de muita coisa, mas são escolhas, né? Eu vivo as minhas escolhas. Este ano eu fiquei bem focada em ser campeã brasileira e ficar entre as melhores do mundo”, completou Maylla, que é a atual quinta colocada do ranking mundial, faltando uma etapa para o fim da temporada.
A boa fase tem também o trabalho do treinador e marido da bodyboarder, o ex-surfista profissional Nenelson.
"Foi muito importante o apoio do meu marido, como técnico fora da água. Sempre que pode, ele me ajuda nos campeonatos e essa parceria é fundamental", contou.