Esportes

Patricia Pereira faz história para o ES nas Paralimpíadas de Paris

Nadadora Patricia Pereira dos Santos conquistou a prata nos 50m peito na classe S3 (limitação físico-motora) e chegou a quatro medalhas em Jogos Paralímpicos

Flávio Dias

Redação Folha Vitória
Foto: Marcello Zambrana/CPB

Primeira medalhista do Espírito Santo nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, Patricia Pereira dos Santos cravou mais uma vez o seu nome na história do esporte capixaba. Na tarde desta quarta-feira (4), ela conquistou a medalha de prata nos 50m peito na classe S3 (limitação físico-motora).

Patricia, 46 anos, fechou a prova em 58s31, garantindo a segunda colocação. O ouro ficou com a italiana Monica Boggioni, que estabeleceu novo recorde paralímpico com 53s25. O bronze foi para a espanhola Marta Fernandez, com 58s63.

VEJA TAMBÉM:

> FOTOS | Veja quem são as medalhistas do ES nas Paralimpíadas

> Delegado do ES conquista medalha no Mundial de Jiu-Jitsu nos EUA

> Vini Jr. sobre o racismo na Espanha: "Se não mudar, a Copa tem de trocar de

QUATRO MEDALHAS EM JOGOS PARALÍMPICOS

Esta é quarta medalha de Patricia em Jogos Paralímpicos, a primeira individual. Antes de chegar a Paris, ela havia sido prata na edição do Rio-2016 e bronze em Tóquio-2021 na prova do revezamento 4x50m livre.

Já na capital francesa, foi bronze novamente no 4x50m livre e, agora, conquistou a prata nos 50m peito.

Foto: Ana Patrícia/CPB
Patricia Pereira (1ª à direita) com a medalha de bronze do revezamento 4x50m livre em Paris

No ano passado, Patricia foi medalhista de ouro nos 50m peito e nos revezamentos 4x50m livre 20 pontos e 4x50m medley 20 pontos, além da prata nos 50m livre e nos 150m medley nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. E também foi prata nos 50m livre e bronze nos 150m medley e no revezamento 4x50m livre no Mundial de Manchester, na Inglaterra.

VÍTIMA DE ASSALTO EM 2002

Patricia nasceu em Coronel Fabriciano (MG), mas passou a vida inteira no Espírito Santo. Ela foi baleada no pescoço em 2002, durante um assalto a uma casa lotérica onde trabalhava como caixa, em Vitória, e ficou tetraplégica.

Num centro de reabilitação no Estado, conheceu primeiro o basquete em cadeira de rodas. Porém, em 2009, foi convidada para um projeto que envolvia a natação, que foi o ponto de partida para a atleta ingressar na modalidade.