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Vini Jr. sobre o racismo na Espanha: "Se não mudar, a Copa tem de trocar de lugar"

Vini Júnior, atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira, mostra preocupação com atos de racismo an Espanha, que será uma das sedes da Copa de 2030

Redação Folha Vitória
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Uma das sedes da Copa do Mundo de 2030, junto com Portugal e Marrocos, a Espanha pode encontrar resistência de torcedores ou jogadores quando o assunto é justamente receber a competição mundial de seleções.

O tema foi levantado por Vinicius Jr, atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira, que desabafou sobre o cenário preocupante que as ofensas racistas ocupam no país europeu.

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Em entrevista à CNN espanhola, Vini Júnior afirmou que ainda há um longo caminho de evolução e melhora a ser percorrido para que a Justiça e, principalmente, a população da Espanha entenda a gravidade dos atos racistas. Atos que, infelizmente, marcam a passagem do jogador por um dos maiores clubes do mundo.

"Espero que a Espanha possa evoluir e compreender a gravidade que é insultar alguém por causa da cor da sua pele. Até 2030 temos uma margem de evolução muito grande. Portanto, espero que a Espanha possa evoluir e compreender a gravidade disso, porque se as coisas não evoluírem até 2030, acho que temos que mudar de local (da Copa do Mundo). Se o jogador não se sente confortável e não se sente seguro jogando em um país onde ele pode sofrer racismo, é um pouco complicado", afirma o atacante na entrevista.

Ao citar o país como sede do Mundial que acontecerá daqui seis anos, Vini Jr. demonstrou preocupação com o que será debatido e interpretado sobre o tema até lá. E opinou que, sem uma mudança, seria necessário trocar uma das sedes da competição.

O jogador sabe do seu papel como ator ativo nesse processo conscientização e disse que está disposto a fazer parte do movimento.

"Quero fazer de tudo para que as coisas possam mudar. A maioria das pessoas aqui na Espanha não são racistas, mas tem um grupo pequeno que afeta a imagem de um país que é muito bom de se viver. Até 2030, os casos de racismo podem e devem diminuir."