Esportes

Botafogo busca 1ª final da Libertadores na sua história

Botafogo enfrenta o Peñarol nesta quarta-feira (30), fora de casa, e pode perder por até quatro gols que estará na final da Libertadores contra o Atlético-MG

Redação Folha Vitória
Foto: Vítor Silva/Botafogo

O Botafogo está com os dois pés na decisão da Libertadores. Afinal, só um desastre tira a equipe alvinegra da sua primeira final de Libertadores. O Fogão enfrenta o Peñarol nesta quarta-feira, às 21h30, no estádio Centenario, em Montevidéu, no Uruguai.

Como venceu o jogo de ida da semifinal por 5 a 0, no Nilton Santos, o Botafogo pode perder até por quatro gols de diferença que se classifica no tempo normal para enfrentar na final o Atlético-MG.

VEJA TAMBÉM:

> Atlético-MG é o primeiro finalista da Libertadores

> Scarpa destaca dia inesquecível e Everson se emociona com grande atuação pelo Atlético-MG

> Brasil vence a Colômbia em noite de muita chuva no Kleber Andrade

MUDANÇA DE LOCAL POR QUESTÕES DE SEGURANÇA

Antes da partida, houve polêmica e a própria Conmebol precisou intervir. Por conta da confusão entre torcedores do Peñarol e a Polícia Militar do Rio antes do jogo de ida, no Rio, que terminou com ônibus incendiado e vários uruguaios presos por desordens e vandalismo, o governo uruguaio determinou que a partida de volta fosse realizada apenas com a torcida do Peñarol.

Rapidamente, o Botafogo acionou Conmebol e Itamaraty para resolver a questão. A entidade que comanda o futebol sul-americano enviou ofício ao Peñarol exigindo o fim do veto aos brasileiros sob pena de o jogo ser realizado com portões fechados ou ter seu estádio alterado.

A solução foi tirar a partida do Campeón del Siglo, estádio do Peñarol, e levá-la para o Centenario, que permite uma melhor divisão entre as torcidas.

CAMPANHA HISTÓRIA DO FOGÃO

O Botafogo só chegou às semifinais da Libertadores duas vezes, em 1963 e 1973. Na primeira, caiu para o Santos. Na segunda, a fase semifinal teve dois grupos com três times cada e o time ficou atrás de Colo-Colo, do Chile, e Cerro Porteño, do Paraguai.

Na atual edição, o Botafogo não começou bem. Depois de perder o título brasileiro na temporada de 2023, ficou fora até mesmo do G-4 e precisou disputar as fases preliminares. Conseguiu passar por Aurora, da Bolívia, e Red Bull Bragantino.

Na fase de grupos, passou apenas em segundo lugar, com 10 pontos, atrás do Junior Barranquilla, da Colômbia. No mata-mata, porém, eliminou Palmeiras e São Paulo antes de pegar o Peñarol.

Foto: Vítor Silva/Botafogo

Mesmo com tamanha vantagem, a ideia do técnico Artur Jorge é não dar margem para o azar e escalar força máxima.

"Temos a vantagem, mas não podemos nunca priorizar o que quer que seja. Temos um elenco com bons jogadores, com um coletivo muito forte, temos muitas funções boas. Nós vamos tentar que todos se sintam úteis para atacar todos os campeonatos", avisou Artur Jorge.

Se o Botafogo ainda busca sua primeira final, o Peñarol, por outro lado, já tem cinco taças, sendo o terceiro maior campeão, atrás dos argentinos Independiente (7) e Boca Juniors (6). Entretanto, o último título uruguaio foi em 1987, ou seja, há 37 anos. Para chegar à final, o time uruguaio precisa vencer por pelo menos seis gols de diferença. Se vencer por cinco gols, leva a decisão para os pênaltis.

FICHA TÉCNICA

PEÑAROL X BOTAFOGO

PEÑAROL - Aguerre; Milans, Javier Méndez, Guzmán Rodríguez e Maxi Olivera; Damián García, Rodrigo Pérez, Darias e Leo Fernández; Jaime Báez (Leonardo Sequeira) e Maxi Silvera. Técnico: Diego Aguirre.

BOTAFOGO - John; Vitinho, Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas e Almada; Luiz Henrique, Igor Jesus e Savarino. Técnico: Artur Jorge.

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

HORÁRIO - 21h30.

LOCAL - Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai

ONDE ASSISTIR: TV Globo (TV aberta) e Paramount+ (streaming)