Duas medalhas no Pan de Va'a e milhões de motivos pra comemorar
Capixaba Arthur Pessanha, 28 anos, comemora o ano cheio de conquistas e agradece por ter conhecido a canoa havaiana há cinco anos: "Eu amo a canoa"
Entre os muitos sorrisos de comemorações e pódios, um em especial se destacou no meio de tantos na Curva da Jurema, em Vitória, no final da tarde desta sexta-feira (24). Arthur Pessanha, 28 anos, desfilou orgulhoso com a sua segunda medalha em duas provas disputadas no Pan-Americano de Va’a.
Medalhista de ouro na categoria OC6 Parava’a, remando 12km na terça-feira, que foi o primeiro dia de disputas do evento, Arthur conquistou nesta sexta-feira a prata na categoria V1 VL2, remando sozinho o percurso de 6,5km em 1h05min36. O ouro foi para o chileno Franco Hormazabal, com 47min46 e o bronze para Michael Dimanche, da Guiana Francesa, com 1h47min18.
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“Melhor impossível! Tô muito feliz, muito feliz mesmo! Competindo em casa!”, comemora Arthur, que lembra como começou e fica emocionado ao ver onde já chegou: “Um clube de Guarapari me convidou pra competir. Disseram ‘vamos ver no que vai dar?’. E, hoje, deu bom! Deu medalha no Pan-Americano!”.
Morador de Vitória, Arthur teve paralisia cerebral grave devido a um problema no parto. Ele começou a remar há cinco anos e passou a competir incentivado pelo clube Imua Setiba Va’a, de Guarapari.
Até hoje, segue as estratégias passadas pela instrutora Priscilla Anderson. Em Vitória, ele treina no clube Maresia Va’a, acompanhado pelo instrutor Raphael Gusmão.
Duas pessoas que ele faz questão de agradecer pelo ano cheio de conquistas: “A Priscilla me incentivou a começar a competir. E o Fão (Raphael) é o meu treinador no dia a dia, tá todo dia na água comigo”.
Ano cheio de conquistas
A temporada tem sido recheada de conquistas para o competidor capixaba. Ele foi vice-campeão estadual na categoria V1 e ganhou o Brasileiro em Búzios, título que valeu a classificação para o Pan em Vitória. No Pan, encerra a sua participação com duas medalhas.
“Eu amo a canoa porque ela me ensina algo todos os dias. Cada dia é diferente do outro, o vento é diferente, o controle é diferente. A canoa me mostrou um lado do esporte que eu ainda não tinha vivido. Eu já fiz atletismo e bocha, mas a canoa é diferente! Quando eu comecei a remar, eu falei ‘é isso!’. Ela me deu muito mais do que eu podia imaginar. É uma sensação maravilhosa”, conta Arthur.
Último dia de disputas
O Pan-Americano de Va’a termina neste sábado (25). São duas largadas, sendo a primeira às 6h30 e a segunda, às 9h30. A cerimônia de premiação acontece logo após o encerramento das últimas baterias, por volta das 12 horas.
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