Haja fôlego! Robert conquista duas medalhas no mesmo dia no Pan em Vitória
Robert Almeida, que mora e compete pelo Espírito Santo, ganhou duas pratas no segundo dia do Pan-Americano de Va'a, na Curva da Jurema, e ainda vai competir em mais duas provas
Se remar uma única prova no Pan-Americano de Va'a já tem sido uma tarefa e tanto, em virtude dos fortes ventos que forçaram até a mudança no cronograma e nas distâncias da prova, imagina encarar quatro provas na mesma competição? Essa é a missão de Robert Almeida no evento que começou na quarta-feira (22) e vai até sábado (25) na Curva da Jurema, em Vitória.
Após os dois primeiros dias de disputas, já são duas medalhas, ambas de prata e as duas conquistadas na manhã e início de tarde desta quinta-feira (23).
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Primeiro, Robert integrou a equipe brasileira vice-campeã da prova OC6 Mista Open, junto com Danielle de Medeiros, Paulo Victor de Sousa, Viviane Lima, Larissa de Oliveira e Rodrigo de Medeiros. O ouro ficou com outra equipe do Brasil, formada por Katia Mesquita, Carla dos Santos, Maxwell Coutinho Júnior, Cecilia Rosa, Henrique Quintanilla e Juan Ali.
Poucas horas mais tarde, voltou ao mar para a prova mais esperada do dia, a V1 Open, que define o melhor remador individual da competição. E Robert "se enfiou" entre dois competidores de Rapa Nui para chegar em segundo lugar e garantir a bandeira brasileira no pódio. O sul-mato-grossense de nascimento, mas que escolheu Vitória para morar e treinar para o alto rendimento, foi o vice-campeão com 1h14min48, atrás de Jose Miguel Hidalgo Ika, de Rapa Nui, que completou os 13km de percurso em 1h11min48. Em terceiro, outro remador de Rapa Nui, Nikolas Pakomio Arias (1h15min58).
"O Hidalgo é um cara muito bom, já foi top 20 em uma das provas mais importantes do mundo, tem muito mais experiência do que eu. Eu já sabia que seria uma prova difícil. No ano passado eu ganhei dele e eu sabia que ele viria com tudo este ano. Também venho de uma prova muito longa, a Hawaiki Nui, e não tem como estar 100% o tempo inteiro. Mas foi bom. A prova foi boa, eu gostei", contou Robert.
Um dos melhores competidores de canoa havaiana do Brasil, Robert, 27 anos, chegou há pouco de um "rolê" internacional com resultados expressivos. No Mundial, em agosto, conquistou uma histórica medalha de bronze em Samoa. Já no início de novembro, no Taiti, foi quarto colocado na prova que é considerada a mais difícil do mundo, a tradicional Hawaiki Nui Va’a.
No Pan de Va'a em Vitória, ele aproveita para vivenciar outras experiências em provas diferentes.
"A prova da OC6 Mista foi boa também. A galera que ganhou treina junto há mais tempo. Mas fomos muito bem. Amanhã (sexta) tem a V3 Open com o meu time e a expectativa é boa. E tenho ainda a V6 Open Masculina, que é um time que eu nunca remei com eles. Mas os meninos são bons e acredito que gente vai fazer uma boa prova", projetou Robert.
De todas as experiências, a que ele faz questão de destacar é ver que o nível do esporte está crescendo no Brasil.
"Tô feliz com o meu desempenho, tô contente porque eu tô conseguindo ajudar a elevar o nível do esporte no Brasil. Esse era um dos meus objetivos. Tô feliz com o meu ano. Tá sendo muito bom e sou muito abençoado por isso", completou Robert Almeida.
Campeão sem cansar?
Jose Miguel Hidalgo Ika foi o grande campeão do segundo dia de provas do Pan-Americano de Va'a na Curva da Jurema, ao vencer a prova do V1 (canoa individual) Open. E ao final da prova, o competidor de Rapa Nui comemorou e "tirou onda", comentando a decisão da organização de reduzir o percurso por causa das condições do mar.
"A prova foi muito curta, nem me cansei, pois esperava mais quilômetros", brincou Hidalgo, que explicou: "A redução do percurso me favoreceu porque eu estava preparado para remar mais quilômetros."
Rapa Nui são os habitantes nativos polinésios da Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, pertencente ao Chile. Em Vitória, a delegação tem dado show na água, vencendo provas importantes, e também fora do mar, com muita animação. Nesse clima, Hidalgo aprovou a vinda do Pan para Vitória e foi só elogios ao Brasil e a Vitória. "É um país muito bonito, faz muito calor e tem ondas muito boas. Achei tudo de bom. Vitória é muito bonita! É a primeira vez que venho e corro uma disputa aqui. Tá tudo muito bom".
O Pan-Americano de Va'a continua hoje e vai até amanhã, com provas iniciando às 7 horas e encerrando por volta das 15 horas. Logo em seguida, acontece a cerimônia de premiação.