Final da Libertadores

Botafogo x Atlético-MG; escalações e onde assistir

Botafogo e Atlético-MG decidem o título da Libertadores em jogo único neste sábado, às 17 horas, em Buenos Aires, na Argentina

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Conmebol

Em 2021, o Botafogo era praticamente insolvente financeiramente e estava perto da falência. Passados três anos, o clube se transformou em SAF, foi comprado pelo magnata John Textor e está a 90 minutos de ser campeão da Libertadores pela primeira vez em sua história. 

O adversário na decisão neste sábado (30), em Buenos Aires, é o Atlético-MG, outro que migrou para a SAF. A bola rola às 17 horas no Monumental de Núñez.

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MUDANÇA DE PATAMAR

Antes à beira da falência, o Botafogo hoje está a um passo da glória graças ao então desconhecido magnata americano John Textor, que comprou 90% das ações do clube e se comprometeu a investir ao menos R$ 400 milhões. No ano anterior à venda, o time disputava a Série B.

Foto: Vítor Silva/Botafogo
"No Botafogo, ressuscitamos um clube histórico da falência na 2ª divisão para lutar por campeonatos no topo da Série A", disse o empresário, quando anunciou o desejo de vender sua participação no Crystal Palace, da Inglaterra.

Textor é proprietário da Eagle Football Holdings, um conglomerado de clubes a nível mundial que conta com participações majoritárias, além do Botafogo, no Lyon, da França, RWD Molenbeek, da Bélgica, e uma participação minoritária no Crystal Palace, da Inglaterra.

O empresário fez do Botafogo o caso esportivo de maior sucesso das SAFs no Brasil, ainda que o trabalho não tenha sido coroado com um título por enquanto. Foi o único dos clubes do qual é dono que prosperou.

Foi montado um elenco competitivo com alguns atletas pouco conhecidos e estrelas como Thiago Almada e Luiz Henrique, as duas mais caras contratações da história do futebol brasileiro. O meia argentino custou R$ 137,4 milhões e o atacante brasileiro, R$ 106,6 milhões.

Segundo o relatório da consultoria Convocados, o Botafogo apresentou receita de R$ 355 milhões em 2023, com gastos em R$ 444 milhões. Em 2024, a SAF alvinegra investiu R$ 373,2 milhões somando as duas janelas de transferências.

"O torcedor queria mudança. E não mudança cultural, isso é imutável, numa história de um clube que tem 100 anos, mas mudança de comportamento. Nosso torcedor precisava de uma injeção de ânimo, de uma forma diferente de ver o clube, de sentir o clube. E a gente está entregando isso para eles", acredita Thairo Arruda, CEO do Botafogo. Braço direito de Textor, foi ele um dos responsáveis por convencer o americano a investir na agremiação.

GALO SEGUE A TENDÊNCIA

O Atlético-MG alterou seu modelo administrativo em julho do ano passado, quando vendeu 75% das ações por R$ 913 milhões ao Galo Holding, conglomerado formado pelos 4Rs - Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. O Centro de Treinamento e a Arena MRV foram transferidos para a SAF.

Os quatro investidores, que participam da administração atual do Atlético-MG, fizeram um aporte inicial de R$ 600 milhões e se comprometeram a assumir 100% das dívidas, o que deixou a associação, que detém 25% das ações, sem déficit.

No início do ano, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou o aumento de capital, com mais R$ 200 milhões, aplicados 100% pelo FIP Galo Forte, que já detinha participação na sociedade. O novo aporte fez com que o capital social total da SAF aumentasse para R$ 1,422 bilhão. Rubens Menin, conhecido empresário dono de um conglomerado de empresas em diferentes setores, é o acionista majoritário e quem mais se destaca. Para ele, a SAF atleticana "está um pouco à frente das outras" porque combina gestão do futebol com gestão empresarial.

"Independentemente da conquista da Libertadores, o modelo de gestão adotado com a SAF terá continuidade e será permanentemente aperfeiçoado. É um caminho sem volta, que vem sendo traçado com planejamento e cuidado", diz ao Estadão Bruno Muzzi, CEO da SAF atleticana.
Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

O elenco do Atlético-MG, antes da transformação em SAF, já era estrelado, com Hulk, Guilherme Arana e Paulinho. Neste ano, foi reforçado com a repatriação de figuras importantes, casos de Gustavo Scarpa e Bernard, os dois meia-atacantes que vieram do futebol grego.

Muzzi crê ser possível que o Atlético se coloque como uma das principais potências no continente. "O clube já vem disputando os principais títulos nacionais e internacionais nos últimos anos. Na medida em que as coisas caminham bem fora das quatro linhas, a tendência é que isso reflita dentro de campo."

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG X BOTAFOGO

ATLÉTICO-MG - Everson; Lyanco, Battaglia, Alonso; Fausto Vera, Alan Franco, Scarpa e Arana; Paulinho, Hulk e Deyverson. Técnico: Gabriel Milito.

BOTAFOGO - John; Vitinho, Adryelson, Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas e Thiago Almada; Luiz Henrique, Savarino e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.

ÁRBITRO - Facundo Tello (Argentina).

HORÁRIO - 17h (de Brasília).

LOCAL - Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na Argentina.

ONDE ASSISTIR: Globo, ESPN e Paramount+