Renato Gaúcho ameaça jornalistas: "Vou atacar também"
Técnico do Grêmio atacou os jornalistas, incomodado com as críticas que o time gaúcho vem sofrendo pela campanha no Brasileirão
O técnico Renato Gaúcho adotou tom hostil na entrevista coletiva que concedeu após o empate do Grêmio com o Cruzeiro, por 1 a 1, na noite de quarta-feira (27), pela 35ª rodada do Brasileirão.
Com o resultado fora de casa, o Grêmio segue próximo à zona de rebaixamento. O time tem 41 pontos, três a mais do que o Criciúma, primeira equipe no Z-4.
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INCÔMODO COM AS CRÍTICAS
Incomodado com as críticas da imprensa quanto ao desempenho do seu time na temporada, Renato Gaúcho intimidou jornalistas e ameaçou não dar mais entrevistas ao fim das partidas.
"Antes de ir embora, eu vou dar uma coletiva. Eu vou deixar uns nomes para os nossos torcedores. Aí eu quero ver como esses vão conviver aqui no ano que vem. Se continuar mentindo, eu vou dar nomes aos 'bois', vou atacar também, vou chamar de 'mentiroso', de 'covardes' porque estão se aproveitando da situação. Vocês também têm família, andam por aí e o torcedor conhece alguns de vocês. Alguns de vocês vão começar a passar dificuldade também. Volto a repetir: não tenho medo de ninguém da imprensa. Não preciso de nenhum de vocês. Eu respeito e sou profissional, se forem profissional comigo", ameaçou Renato.
INSINUAÇÕES DE PRESENTES
Em outro momento da entrevista, Renato Gaúcho sugeriu que alguns jornalistas ganham "presentinhos" para dar notícias falsas.
"Posso jogar no ventilador também. Vocês não fazem isso?", questionou, em referência a supostas notícias falsas sobre treinadores que poderiam substituí-lo no comando do Grêmio.
"Se continuar essas invenções de notícias para tumultuar o ambiente, eu vou ser o primeiro a conversar com a direção e pedir para não dar mais entrevistas. Já que, deste lado aí, vocês não querem ser profissionais, não vou mais escutar o treinador falar. O auxiliar vai vir aqui dar entrevista", declarou.
EXPLICAÇÕES EM NOTA OFICIAL
Nesta quinta-feira (28), Renato Gaúcho explicou suas declarações na entrevista do dia anterior e negou que tenha ameaçado os jornalistas.
"Não sou de fazer ameaças. Sou contra qualquer ato de violência e quem me conhece sabe muito bem disso", defendeu-se o treinador.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
"Não sou de fazer ameaças. Sou contra qualquer ato de violência e quem me conhece sabe muito bem disso. Então, vou tentar explicar o que eu quis dizer ontem. O que vemos cada vez mais no futebol é a total falta de respeito por parte, principalmente, de jornalistas identificados. O jogador tal é um lixo, não pode vestir a camisa desse ou daquele time. Esse jogador é uma m... Esse treinador tem de ser demitido. Entre muitas outras ofensas que são feitas todos os dias. Será que é fácil para os filhos dos jogadores, para as familias dos jogadores, ouvir esse tipo de coisa? Como será que é a vida dos filhos dos jogadores, dirigentes, treinadores, quando esse tipo de coisa acontece? Ou será que do lado de cá ninguém tem familia? O que aconteceria se durante uma entrevista um profissional do futebol respondesse assim: "Acho que seu chefe deveria mandar você embora. Sua pergunta é muito ruim". "Como a sua emissora tem coragem de ter você como profissional?" Como sua familia se sentiria? Como seus filhos ficariam na escola? Foi isso que eu quis dizer. Repito. Nao ameacei minguém. Sou contra qualquer tipo de violência, mas é preciso trabalhar com respeito".