As redes sociais do jogador de futebol iraniano Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, que corre risco de execução no país islâmico, estão inundadas de mensagens nos mais variados idiomas.
A maioria das remetentes, mulheres de todas as partes do mundo, que enviam palavras de apoio e gratidão ao atleta.
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Amir espera julgamento e pode ser enforcado por participação em protestos a favor de direitos das mulheres, que tomaram conta do país após a morte da ativista Mahsa Amini.
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Os protestos são os maiores no país desde 2009, ano em que a Revolução Islâmica, que transformou o Irã em uma república teocrática islâmica, completou 30 anos.
Nos recados deixados nas redes do jogador, as apoiadoras demonstram carinho e pedem para que a sentença do atleta seja anulada. Em espanhol, uma internauta argentina disse que o mundo precisa agir para impedir a execução.
“A Argentina está com você! O mundo precisa fazer algo, não podem deixar que isso aconteça. Venha para a Argentina, somos um país que está de portas abertas para pessoas do mundo todo!”
Alguns comentários em português também puderam ser notados, a apoiadora brasileira deixou claro o apreço e gratidão ao jogador. “Estamos com você, obrigada por lutar por nós, mulheres”.
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Em inglês, outra fã pede que as pessoas ajam para que a execução não aconteça e cita os direitos das mulheres em jogo no país.
“Ajudem! Façam alguma coisa, o único crime dele foi ser corajoso e lutar pelos direitos e liberdade das mulheres. Pensem nas suas mães, avós, filhas, vocês não podem perdê-las!”.
No último domingo (2018), a cantora colombiana Shakira foi às redes sociais, minutos antes da final da Copa do Mundo para prestar solidariedade ao atleta.
“Hoje, na final da Copa do Mundo, só espero que os jogadores em campo e o mundo inteiro se lembrem de que há um homem e companheiro de futebol chamado Amir Nasr, no corredor da morte, apenas por falar em favor dos direitos das mulheres”, escreveu a colombiana.
Já a Federação Internacional de Jogadores Profissionai (FIFPRO) também se pronunciou pelo Twitter. A instituição se disse chocada e enojada pela condenação e apela que o Irã retire a sentença.
“Prestamos solidariedade a Amir e pedimos que sua punição seja anulada imediatamente.”, disse a instituição na postagem.
Ao todo, 11 pessoas enfrentam risco de execução no país e duas já foram executadas nas últimas semanas. A primeira execução aconteceu em 8 de dezembro, a vítima foi Mohsen Shekari, de 23 anos. Na madrugada do dia 12, Majidreza Rahnavard, também de 23 anos foi enforcada.