Esportes

Saiba quem é o jogador iraniano que será enforcado por protestar pelos direitos das mulheres

Atleta é acusado de conspirar contra o país e foi condenado a enforcamento em praça pública

Foto: Reprodução/Instagram/ @amirnasrazadaani]

O jogador de futebol iraniano Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, que atua como zagueiro, é uma das pessoas condenadas a morte por protestos a favor das mulheres, que tomaram conta do país após a morte da ativista Mahsa Amini. 

O Irã executou a primeira pessoa por envolvimento nas manifestações no último dia 8, a vítima foi Mohsen Shekari, de 23 anos. 

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Segundo as leis do país, Azadani será enforcado em praça pública pela participação nos protestos, que deixaram três policiais mortos. Ele também é acusado de fazer parte de um 'grupo armado' que conspira para atingir a República Islâmica do Irã. 

O jogador atuou em dois clubes históricos do Irã, iniciando a carreira nas categorias de base do Sepahan Sport Club. O zagueiro atuou na equipe entre 2012 a 2015, com as idades de 16 a 19 anos. 

Ainda em 2015, o zagueiro passou a defender as cores do Rah Ahan F.C, com sede na capital Teerã, fundado em 1937, mas por lá permaneceu por apenas um ano, deixando o clube em 2016. 

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No ano seguinte, o atleta contou com uma ascensão na carreira e passou a atuar pelo Tractor SC, um dos times mais tradicionais e históricos do país islâmico, que atualmente ocupa a sétima posição do da Iran Pro League, o campeonato nacional do Irã. 

O último clube pelo qual o zagueiro atuou foi o  F.C. Iranjavan Bushehr, também do país natal. O atleta está preso desde 27 de novembro por conta de sua participação nos protestos. 

Entenda a Lei do Irã 

Desde 2010 o país já enforcou 170 mulheres, segundo a ONG Iran Human Rights (IHR). As execuções acontecem quando o governo iraniano acredita que as mulheres desobedeceram à Sharia, sistema jurídico do islã. 

O código traz disposições baseadas no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos e determina aspectos da vida cotidiana, como direito à família, negócios e forma de se vestir. 

O sistema é classificado como machista por diversas organizações internacionais, que apontam que muitas das mulheres executadas reagiram a tentativas de estupro ou assassinato por seus companheiros. 

*Com informações do Portal R7