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Rayssa Leal tem nota histórica e é campeã da liga mundial de skate street

Rayssa Leal tornou-se bicampeã da SLS, principal liga de skate de rua do mundo, ao vencer o Super Crown e, de quebra, conseguiu uma histórica nota 9

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Paulo Macedo/SLS

Apoiada incondicionalmente por oito mil torcedores no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, Rayssa Leal tornou-se bicampeã da SLS, principal liga de skate de rua do mundo, ao vencer o Super Crown, a última etapa do campeonato. Com uma apresentação de notas altas desde o início, inclusive um 9,0, o primeiro da história em uma volta da disputa feminina da SLS, foi dominante e fechou com 31,9, à frente da campeã olímpica Momiji Nishya, com 30,6, e Page Heyn, com 28,9.

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Assim como na fase anterior, as skatistas tiveram duas voltas de 45 segundos e cinco oportunidades de manobras individuais. A nota final foi a soma das quatro maiores notas, podendo ser composta de uma volta e três manobras individuais, ou quatro manobras individuais, com pontuação máxima de 40 pontos. Melhor colocada de sua bateria na fase classificatória, Rayssa Leal era a última a se apresentar a cada rodada da final.

O 9,0 conquistado por Rayssa é inédito na etapa de "voltas" da competição. Uma outra nota ainda mais alta já foi dada anteriormente. Oda Yumeka já havia conquistado um 9,4, mas na etapa de "manobras". São as duas únicas mulheres da história a atingir este feito. Na SLS, os noves não são tão constantes. Quem consegue, entra para o chamado "Nine Club".

"No último SLS, em Sydney, eu achei que eu ia conseguir, mas não consegui. Eu nunca tinha conseguido. Foi algo surreal, a gente estava fazendo a estratégia ontem à noite e eu tinha falado para mamãe que eu só queria meu nove. Se o seu troféu não viesse, estava tudo bem. Mas o que eu queria era o nove, então eu fiz o meu máximo, consegui fazer o meu máximo ali dentro da pista e é isso. Acho que eu fiquei muito feliz, até chorei. Fiquei muito emocionada, porque sempre foi um sonho", comemorou Rayssa, 15 anos.

Competir no Brasil foi um fator essencial para a maranhense colocar seu nome no "Nine Club". Depois de ser campeã na final da SLS disputada no Rio, ano passado, conseguiu o bicampeonato sentindo-se muito à vontade no Ibirapuera. "Correr aqui no Brasil é como se eu tivesse correndo lá na 'bichinha' no quintal de casa, porque o pessoal ajuda muito", disse.

A skatista brasileira ainda tem um objetivo a cumprir em 2023. Do dia 10 a 17 de dezembro, será disputado o Mundial de Street, em Tóquio, competição que vale pontos para a corrida olímpica. A SLS, embora importante no mundo do skate, não conta para o ranking de classificação à Olimpíada.

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