Eis que o agora, de novo — e quem sabe até quando? —, presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, decidiu pela demissão de Fernando Diniz do cargo de técnico da Seleção Brasileira. Até aqui, nada de errado. Afinal, quem contrata tem o direito de decidir pelo fim do vínculo a partir do momento em que os resultados não são os esperados. O que incomoda é a total falta de clareza sobre o que a CBF quer para a Seleção.
Vamos lembrar? Diniz foi contratado para ser o técnico interino da Seleção Brasileira, à espera da chegada do italiano Carlo Ancelotti. Só que Ancelotti nunca confirmou tal acerto e, para piorar, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi destituído do cargo pela Justiça no fim do ano passado. Retornou à presidência nesta semana e, agora, decide pela demissão de Diniz. O foco está em contratar Dorival Júnior, do São Paulo.´
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Vamos lá. Dorival é um baita técnico. E não é de hoje. Na lista de treinadores brasileiros candidatos à Seleção Brasileira, tem que estar sempre entre os primeiros. Então, não há problema algum em convidá-lo para o cargo. Acredito, até, que tem tudo para fazer um trabalho excelente.
O problema não é o técnico. O problema ´é a falta de orientação, é a falta de um planejamento bem feito para que o Brasil volte a ser protagonista em Copas.
Não existe lógica em pensar em Ancelotti, convidar Diniz e decidir por Dorival. De novo, não são os nomes. Mas não há semelhanças entre as linhas de trabalho dos nomes citados. E começar do zero sempre que um novo técnico assume. E, convenhamos, a Seleção não pode ser dar a esse luxo porque faz tempo que não assusta ninguém…