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OPINIÃO | Fernando Diniz é "louco da cabeça"

Técnico Fernando Diniz tem como maior mérito fazer os jogadores acreditarem na sua ideia de jogo, que é única

Foto: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC
O técnico Fernando Diniz comemora a classificação do Fluminense para a final da Libertadores

De louco, todo mundo tem um pouco. No caso do técnico Fernando Diniz, esse “um pouco” tem uma proporção maior. Dono de uma ideia de jogo única que, quando vence, é aplaudida, mas que é sempre criticada em qualquer derrota, o treinador se agarra às suas convicções e tem como maior mérito fazer os jogadores “comprarem as ideias”, ou seja, acreditarem nelas.

Jogo de volta da semifinal da Libertadores. Fora de casa. Time perdendo por 1 a 0. Faltando cerca de 10 minutos para o fim do jogo. O que o Fluminense do Diniz faz? Não dá bicão. Não se lança ao ataque de qualquer forma. E vira o jogo com dois gols épicos que começam com a bola no chão, no campo de defesa. Vitória histórica para deixar, como a torcida tricolor canta, o Fluminense do Diniz “louco da cabeça”!

Ideias de jogo à parte, Fernando Diniz me lembra a fase que o técnico Cuca viveu antes da consagração. Assim como Diniz, Cuca montava equipes envolventes, de futebol bonito, mas não conseguia conquistar títulos. Até que ganhou o primeiro título importante, o Carioca de 2009 pelo Flamengo. E, a partir daí, deslanchou!

Diniz, coincidentemente, também tem um título carioca — o deste ano, pelo Fluminense — como a sua principal conquista. A ida para a Seleção Brasileira já mudou o seu status. Mas um título da Libertadores o colocaria de vez na prateleira de cima do futebol brasileiro.

Faltam 90 minutos. Os mais difíceis dessa jornada tricolor. Mas acho que ninguém é louco de duvidar agora do Fluminense do Diniz. Ou é?