Neymar é maior que Pelé! E antes que a patrulha da internet caia atirando aqui, vamos deixar claro que me refiro aqui somente ao recorde de gols que Neymar quebrou ao marcar duas vezes na goleada do Brasil por 5 a 1 sobre a Bolívia, na noite desta sexta-feira (8), em Belém (PA), pelas Eliminatórias.
Neymar chegou a 79 gols com a camisa da Seleção Brasileira e é agora, disparado, o maior artilheiro da história da Seleção!
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Antes de a bola rolar contra a Bolívia, o craque estava empatado com o Rei Pelé, ambos com 77 gols. Detalhe: essa conta leva em consideração as estatísticas da Fifa. Isso porque a CBF faz uma outra conta, na qual Pelé tem 95 gols e que considera partidas amistosas contra times e combinados.
Com a amarelinha, Neymar tem 125 jogos, 79 gols e os títulos da Copa das Confederações de 2013 e o ouro olímpico em 2016, o primeiro ouro olímpico do futebol brasileiro. Enfim, excelentes números individuais, mas que não se refletiram em um número maior de conquistas coletivas, especialmente, em Copas do Mundo.
Ainda assim, Neymar é ainda o principal líder dessa geração. É nele que a nova geração se espelha. É ele o maior ídolo de nomes como Vinicius Júnior e Rodrygo, dois dos jogadores mais jovens que têm a missão de ganhar cada vez mais identidade, personalidade e liderança dentro da Seleção Brasileira.
Uma versão melhorada
O choro e a comemoração com soco no ar em homenagem a Pelé, ao fazer o seu 78º gol pela Seleção Brasileira, foram genuínos. E podemos estar diante de uma versão melhorada do jogador.
“Calma, era a Bolívia!”. Sim, era só a Bolívia. Mas já foi possível ver que, com Fernando Diniz, Neymar será cada vez mais um armador de jogadas, jogando de frente para o campo de ataque, mas também aproveitando sua velocidade e posicionamento para entrar na área e finalizar. Tá aí uma explicação para a primeira convocação de Diniz ter apenas um “meia de ofício” na lista, Raphael Veiga. O titular da posição é o Neymar.
Contra a Bolívia, ele distribuiu passes precisos, curtos ou longos. Enxergou os companheiros como poucos conseguem fazer. Também finalizou e quase fez um gol de placa, que parou no goleiro. De negativo: perdeu um pênalti e, principalmente no início da partida, caiu no jogo de provocação dos bolivianos.
Aos 31 anos, Neymar pode encontrar com Diniz o equilíbrio que nunca conseguiu alcançar em sua carreira até aqui. Se eu acredito nisso? Ainda não. Mas tô doido pra queimar a minha língua…
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