Nunca houve um campeão da Libertadores como o Fluminense. Não como este Fluminense do Fernando Diniz. Porque o Fluminense do Diniz tem uma ideia única de jogo no mundo. Não é o “tiki taka” do Barcelona do Guardiola. Não é o “Carrossel Holandês” de Rinus Michels. Não é igual a nada.
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É melhor? É pior? É diferente. Arriscado, sim. Nem sempre seguro como a maioria gostaria. Mas ninguém pode dizer que falta coragem a este time. E se existe a necessidade de apontar um motivo para este título inédito na Libertadores, eu aponto este: o Fluminense é um time corajoso!
Me diga: quantos times brasileiros enfiaram 5 a 1 no River Plate? O que o Flu fez na semifinal contra o Internacional é pra ficar lembrado na memória do torcedor por décadas! Empatar em casa, com um jogador a menos, e vencer no Beira-Rio de virada? Poucos, ou melhor, pouquíssimos times fariam isso.
Final contra o todo poderoso Boca Juniors, com pressão fora de campo, com guerra de informações (ou desinformações), com exaltação aos argentinos como se eles fossem os donos da casa. Nada disso parou o Fluminense.
O acerto de contas com a Libertadores veio 15 anos depois da derrota no mesmo Maracanã, nos pênaltis, para a LDU. Veio com o veterano Fábio, um craque na posição. Veio com o capitão Nino, que fez um partidaço depois de uma recuperação quase milagrosa de lesão muscular.
Veio com Marcelo, supercampeão e que, nas palavras dele, viveu neste sábado (4) o “dia mais feliz da vida”. Veio com André, um garoto de Xerém que é um monstro no meio de campo. Veio Keno e Árias, os pontas que se multiplicam por 10 em campo. Veio com Cano, o Rei das Américas. E veio com John Kennedy. Quase (mais um) talento perdido. Que se recuperou, que amadureceu, que entendeu que tem um dom e que pode fazer muito pela vida dele, pela vida dos tricolores e pela vida da família dela graças a esse dom.
Parabéns, Fluminense!!! Campeão da Libertadores!!!
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