Em Minas Gerais, a seleção de Felipão enfrentaria a forte Alemanha, que vinha para o Brasil desfrutar de um momento mágico ao lado do povo baiano.
Foi uma manhã daquelas, jornais, rádios, ruas, enfim, o país inteiro estava pronto para soltar o grito da garganta, e assim, chegar a decisão da Copa dentro dos nossos gramados.
Pois bem, a única coisa que não saiu foi o grito… O que se ouviu ao final daquele dia foi um “grito de silêncio”. Ficamos chocados, embasbacados, embaralhados, enfim, ficamos de todos os jeitos e formas diante do que foi, é, e será a maior decepção do futebol brasileiro.
Mas e ai? Um ano depois e do que serviu os 7 a 1 ? O que mudou?
NADA, quer dizer quase Nada.
Saiu Felipão e voltou Dunga…
Crucificamos os 22 jogadores, a comissão técnica, e tudo mais, e seguimos sem mudanças.
O futebol brasileiro, que ainda é tido como o melhor do mundo, vive da soberba de quem o dirige.
Como podemos ser o melhor do mundo se não temos um time pronto?
Como somos os melhores do mundo, se dependemos de um único jogador, e não só isso, um único menino?
Nosso futebol vive o pior momento de toda a sua história.
A matéria prima que temos, está longe de lembrar as que chegaram as finais de mundiais e outras competições.
Nosso trabalho de base resume-se a formar “garotos ricos”, e não jogadores de futebol.
Falta educação, falta responsabilidade, falta profissionalismo de quem está no comando.
Vivemos uma crise política envolvendo a poderosa Fifa, CBF, e demais entidades que deveriam primar pela formação, mas se vêem envolvidos em escândalos, roubalheira, e tudo o que é de mais podre nessa paixão chamada futebol.
Um ano depois, seguimos nosso calvário.
Não temos uma seleção, não temos direção, estamos somando vexames atrás de vexames.
Passados os 365 dias, o choque dos 7 a 1, ainda não caiu na cabeça de quem dirige, organiza e pensa o nosso futebol.
Se a coisa continuar assim, vamos seguir colecionando frustrações, e caindo no descrédito mesmo sendo uma seleção hexacampeã.
Artigo especial: Rodrigo De Martino