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Opinião: um ano depois, e o 7 a 1 ainda assombra o país do futebol

Dia 8 de julho de 2014, exatos 365 dias atrás o Brasil acordava com a expectativa de ter um dia histórico para o futebol

Vexame brasileiro da seleção completa um ano Foto: Arquivo/Divulgação

Em Minas Gerais, a seleção de Felipão enfrentaria a forte Alemanha, que vinha para o Brasil desfrutar de um momento mágico ao lado do povo baiano.

Foi uma manhã daquelas, jornais, rádios, ruas, enfim, o país inteiro estava pronto para soltar o grito da garganta, e assim, chegar a decisão da Copa dentro dos nossos gramados.

Pois bem, a única coisa que não saiu foi o grito… O que se ouviu ao final daquele dia foi um “grito de silêncio”. Ficamos chocados, embasbacados, embaralhados, enfim, ficamos de todos os jeitos e formas diante do que foi, é, e será a maior decepção do futebol brasileiro.

Mas e ai? Um ano depois e do que serviu os 7 a 1 ? O que mudou? 
NADA, quer dizer quase Nada. 
Saiu Felipão e voltou Dunga… 
Crucificamos os 22 jogadores, a comissão técnica, e tudo mais, e seguimos sem mudanças.

O futebol brasileiro, que ainda é tido como o melhor do mundo, vive da soberba de quem o dirige. 
Como podemos ser o melhor do mundo se não temos um time pronto? 
Como somos os melhores do mundo, se dependemos de um único jogador, e não só isso, um único menino?

Nosso futebol vive o pior momento de toda a sua história. 
A matéria prima que temos, está longe de lembrar as que chegaram as finais de mundiais e outras competições. 
Nosso trabalho de base resume-se a formar “garotos ricos”, e não jogadores de futebol.

Falta educação, falta responsabilidade, falta profissionalismo de quem está no comando. 
Vivemos uma crise política envolvendo a poderosa Fifa, CBF, e demais entidades que deveriam primar pela formação, mas se vêem envolvidos em escândalos, roubalheira, e tudo o que é de mais podre nessa paixão chamada futebol.

Um ano depois, seguimos nosso calvário.
Não temos uma seleção, não temos direção, estamos somando vexames atrás de vexames.

Passados os 365 dias, o choque dos 7 a 1, ainda não caiu na cabeça de quem dirige, organiza e pensa o nosso futebol. 
Se a coisa continuar assim, vamos seguir colecionando frustrações, e caindo no descrédito mesmo sendo uma seleção hexacampeã.

Artigo especial: Rodrigo De Martino