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Oscar diz que nunca temeu perder lugar no time titular

Teresópolis – Oscar nunca deixou de acreditar em seu potencial na seleção brasileira, nem mesmo quando era questionado pela mídia e por torcedores nas redes sociais que queriam ver Willian, seu colega de Chelsea, em sua vaga. Quem o sustentou no posto foi Felipão, embora o meia diga que jamais pensou que corria perigo no time. Não pensou porque sempre teve do chefe um voto de confiança. Nunca ficou preocupado em perder sua posição.

“Sempre estive tranquilo em relação a isso. Nunca fiquei preocupado. É claro que sei que o Willian treina bem, assim como o Ramires, o Hernandes, o Fernandinho. A seleção tem bons jogadores e todos em condições de atuar. Mas o Felipão sempre me deu tranquilidade e passou confiança, sempre me tratou normalmente”, afirmou o meio-campista, neste sábado, em entrevista coletiva concedida em Teresópolis (RJ).

Por causa de Oscar, o treinador arrumou sua primeira “confusão” na seleção. Após o jogo com a Sérvia, no Morumbi, Luiz Felipe Scolari disse que o atleta jogava e estava no seu time porque era ele que escalava o Brasil, e que não adiantava pedir esse ou aquele jogador. Ali, Oscar percebeu que tinha moral com o comandante. Felipão e Parreira conversaram muito com o jogador e deram a ele a confiança que precisava. Oscar foi um dos melhores contra a Croácia, na estreia do Brasil na Copa. Jogou bem e ainda marcou um gol, o terceiro da seleção.

“Os jogos antes da Copa eram importantes, mas eram amistosos. E amistoso é diferente de Copa do Mundo. Eu jogo com o coração, tenho várias funções e gosto de todas elas. É meu jeito de jogar. Foi assim contra a Croácia e espero que seja assim nas outras partidas. Não sei nem definir em qual posição jogo.”

Quando apresentou sua lista dos 23 para a Copa, Felipão disse que Oscar era um dos melhores jogadores do mundo. José Mourinho, seu treinador no Chelsea, comentou o mesmo na Inglaterra. Eles não poderiam estar errados. Para o jogador, isso é muito bom de ser ouvido, mas não se considera tudo isso. Ou pelo menos não tem coragem de se achar como tal. Não ele, que fala pouco, brinca pouco e está sempre concentrado no trabalho.

“Não me considero um dos melhores do mundo. Não sei explicar minhas qualidades, quando faço coisas boas no campo ou quando não as faço também. O que posso dizer é que sempre tive uma evolução na carreira, tanto no Chelsea quanto na seleção”, disse o menino de 22 anos que, ao lado de Neymar, é um dos mais novos do Brasil.