Teresópolis – Oscar vive momentos de expectativa neste início de preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo. Nem tanto por sua condição física, que andou preocupando nas últimas semanas. A ansiedade do jogador é pelo nascimento de sua primeira filha. Quando Júlia nascer, ele será liberado para ir a Americana (SP) para conhecê-la. Até lá, continuará treinando normalmente, como fez nesta quarta-feira em dois períodos na Granja Comary, em Teresópolis.
O meia tem convivido com lesões neste primeiro semestre. Primeiro, teve uma contusão na coxa. Na reta final da temporada, sentiu dores nos tornozelos, o que o tirou de algumas partidas do Chelsea. Agora, no entanto, diz estar bem, “diagnóstico” confirmado pelo chefe do departamento médico da seleção, José Luiz Runco. “O Oscar está bem, apresentou-se em boas condições”, garantiu o médico ao comentar os boatos de que o meia poderia até ser cortado da seleção. “Já cortaram o Oscar, o Maicon e o Jô. É espetacular”, afirmou Runco, irônico, em entrevista coletiva. “Não há nenhum jogador em vias de corte”.
Na semana passada, cinco dias antes de se apresentar à seleção, Oscar assegurou estar bem, apesar de ter desfalcado o Chelsea em jogos importantes na primeira quinzena deste mês. “Eu realmente estava saindo (do time) porque meus tornozelos estavam inchando. Depois tive lesão no adutor e complicou um pouquinho para jogar as partidas inteiras. Então eu estava jogando sempre só a metade. Ou eu começava ou entrava no segundo tempo”, explicou. “Foi bom para mim porque deu para me recuperar 100%”.
Jogador com ascensão rápida no futebol, Oscar chega à sua primeira Copa com 21 anos. E ele procura encarar esse fato com naturalidade. Ainda demonstra timidez, mas nem por isso deixa de transparecer segurança. “É o auge da carreira chegar à Copa do Mundo. Agora vou me preparar com afinco para que possa mostrar o melhor futebol”.
Para o meia, o fato de ter o apoio da torcida aumenta tanto a motivação quanto a confiança. E o clima de companheirismo ajuda a fazer crescer as chances da seleção. “Temos uma convivência muito boa, de irmãos. A gente vai levar isso não só para a Copa do Mundo, como para a vida toda. E a gente espera que nos ajude na Copa”.
Oscar é daqueles jogadores que entendem que o jogo mais importante de uma equipe é sempre o próximo. Dentro desse raciocínio, a Croácia, que define como um time muito bom tecnicamente, é, na sua opinião, o grande rival do Brasil na Copa. “Hoje o principal adversário é a Croácia porque é o primeiro jogo”, analisou. “Mas há vários times de tradição, sempre são bons em Copas do Mundo. Porém, estamos pensando nos três primeiros jogos”.
Sobre o México, ele lembra que o Brasil levou a melhor no jogo que fizeram na Copa das Confederações (2 a 0). “E a gente pode ganhar de novo”.
Concentrado em fazer uma boa Copa, Oscar prefere não comentar a expectativa criada em torno da participação de craques como Cristiano Ronaldo e Messi no Mundial. “Estou preocupado comigo, como vou chegar. Se eles vão chegar bem ou não, não sei. Espero que o Neymar chegue bem e que nossa seleção mostre o melhor futebol”.