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Palmeiras ainda não conseguiu vitórias de virada sob o comando de Felipão

No domingo, o Palmeiras decide a semifinal contra o São Paulo e precisa vencer

Foto: Reprodução

A derrota por 1 a 0 para o San Lorenzo, na Argentina, terça-feira, deixou para o Palmeiras mais um problema a resolver além da própria atuação ruim pela Copa Libertadores. Desde o retorno do técnico Luiz Felipe Scolari, em agosto do ano passado, a equipe não conseguiu virar um jogo. Sempre que levou o primeiro gol, no máximo foi conquistado um empate na sequência da partida.

Esse roteiro negativo se cumpriu em 11 ocasiões, nas quais em cinco a derrota se confirmou e em outras seis o Palmeiras conseguiu igualar o placar. A última vitória de virada foi em junho do ano passado, pelo Campeonato Brasileiro, quando sob o comando do treinador Roger Machado o time fez 3 a 1 no São Paulo, no Allianz Parque.

A dificuldade em criar jogadas e reagir ao placar adverso se mostrou evidente em Buenos Aires. O San Lorenzo fez 1 a 0 no começo do segundo tempo e depois o Palmeiras pouco ameaçou. A única finalização perigosa na etapa final foi um cabeceio do zagueiro Gustavo Gómez, já no fim da partida.

Felipão admitiu que o time não foi bem e precisa melhorar. “Faltou definir, chutar a bola para o gol. Ninguém arriscava. Não adianta nada, temos de ter vontade de fazer o gol. Não tivemos”, comentou. “Tivemos uma ou outra chance, mas não foi o Palmeiras que eu gosto”, acrescentou.

A dificuldade em reverter placares desfavoráveis é um desafio que pode voltar a surgir na reta final do Campeonato Paulista. No domingo, o Palmeiras decide a semifinal contra o São Paulo e precisa vencer. Um empate leva a definição para os pênaltis. A torcida já comprou 35 mil ingressos para a partida.

Campeão brasileiro no ano passado, o Palmeiras só não foi além na Copa do Brasil e na Libertadores justamente por não ter conseguido reverter desvantagens nas semifinais. No mata-mata nacional, por exemplo, o time saiu atrás do Cruzeiro nos dois jogos. O tropeço decisivo no confronto foi em casa, ao perder por 1 a 0 com um gol aos três minutos de jogo e depois não conseguir igualar. No Mineirão as equipes empataram por 1 a 1.

Já na Libertadores, os confrontos com o Boca Juniors, da Argentina, foram de resultados doloridos. Em Buenos Aires, o Palmeiras perdeu por 2 a 0 com gols sofridos nos dez minutos finais. No seu estádio, a equipe saiu atrás e até conseguiu virar o placar, porém novamente os argentinos marcaram e o jogo acabou 2 a 2.

A dificuldade palmeirense em reagir se explica principalmente pelo momento ruim do ataque vivido nesta temporada. Borja e Deyverson não tiveram atuações convincentes e deram espaço para Arthur Cabral ser testado. Em 2019, apesar de ter feito 5 a 0 no Novorizontino pelo Campeonato Paulista, o clube tem média de 1,3 gol por jogo. No ano passado, teve o índice de 1,6 gol por partida na campanha do título brasileiro.

Por outro lado, a defesa palmeirense continua estável. A equipe terminou o Brasileirão de 2018 como o time menos vazado e se mantém com bons números no segmento. Em 18 partidas na temporada, só levou sete gols e perdeu duas vezes.

A outra derrota do Palmeiras na temporada foi no Paulista, para o Corinthians. Danilo Avelar marcou aos oito minutos de jogo no Allianz Parque e, mesmo com muitas tentativas no ataque, o time da casa não conseguiu reagir.