Representantes do Brasil na Libertadores 2023, Athletico Paranaense, Atlético-MG, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Internacional e Palmeiras conheceram seus adversários da primeira fase do torneio continental na noite desta segunda-feira, 27.
O sorteio realizado pela Conmebol, em Luque, no Paraguai, colocou o time alviverde em um grupo com rivais de tradição. O time alvinegro terá como principal adversário o equatoriano Independiente del Valle, atual ganhador da Sul-Americana.
Atual tricampeão, o Palmeiras foi sorteado no Grupo C e vai enfrentar o paraguaio Cerro Porteño, treinado pelo ídolo alviverde Chiqui Arce, o Barcelona, do Equador, e o Bolívar.
Logo, terá que encarar a atitude de La Paz, capital boliviana. Integrante do Grupo E, o Corinthians deve ter dificuldade contra o Independiente del Valle, que derrotou o São Paulo na decisão da última Sul-Americana. Os outros oponentes são o Argentinos Juniors, e o modesto Liverpool, do Uruguai.
Haverá confrontos entre brasileiros na fase inicial do torneio. No Grupo G, o Athletico-PR, atual vice-campeão, está no caminho do Atlético-MG, que entrou na competição ao superar duas fases prévias. Libertad, do Paraguai, e Allianza Lima, do Peru, são os outros integrantes da chave.
A divisão dos potes aconteceu de acordo o posicionamento dos 32 classificados no ranking da Conmebol. A exceção eram as equipes vindas da pré-Libertadores, como o Atlético-MG, que ficaram no pote 4.
A única regra restritiva era que equipes de um mesmo país não podem cair no mesmo grupo, exceto se um desses times seja oriundo do Pote 4, destinado aos clubes que disputaram as fases preliminares.
Segundo o calendário da Conmebol, a fase de grupos vai começar no início de abril e termina no fim de junho. O mata-mata tem início em agosto. A decisão está marcada para 11 de novembro, no Maracanã.
O principal estádio do País já havia recebido a final da edição de 2020, vencida pelo Palmeiras. Aquele jogo, disputado em janeiro de 2021, teve apenas 5 mil torcedores nas arquibancadas em virtude das restrições impostas pela pandemia.
Neste ano, portanto, pela primeira vez terá um grande público torcendo para que a taça siga em solo nacional.
Ao todo, a Conmebol vai distribuir US$ 207,8 milhões entre os clubes participantes da Libertadores 2023. São US$ 37,8 milhões a mais do que a edição de 2022, representando um aumento de 21%. Com o acúmulo de premiações, o campeão pode faturar até US$ 28,05 milhões (cerca de R$ 145 milhões na cotação atual).
Domínio brasileiro
Desde que a final é decidida em jogo único e campo neutro, o Brasil sempre teve um representante erguendo a taça. São quatro títulos consecutivos – dois do Palmeiras (2020 e 2021) e dois do Flamengo (2019 e 2022) e a possibilidade de o País atingir um feito inédito no continente.
Cinco títulos seguidos de equipes de uma mesma nação nunca aconteceu na história do maior torneio sul-americano.
A última conquista de uma equipe não brasileira ocorreu em 2018, com o River Plate batendo o Boca Juniors por 3 a 1 em seu estádio após 2 a 2 em La Bombonera, quando o campeão saia em dois jogos.
Embora não vençam a Libertadores desde 2018, os argentinos são os maiores da competição continental, com 25 taças. O Brasil tem 22 troféus e pode consagrar o primeiro clube brasileiro tetracampeão. Palmeiras e Flamengo têm essa chance, já que Grêmio, São Paulo e Santos, os outros tricampeões, estão fora da disputa neste ano.
CONFIRA OS GRUPOS DA LIBERTADORES:
Grupo A: Flamengo, Racing (ARG), Aucas (EQU), Ñublense (CHI);
Grupo B: Nacional (URU), Internacional, Metropolitanos (VEN), Independiente Medellín (COL);
Grupo C: Palmeiras, Barcelona (EQU), BolÍvar (BOL), Cerro Porteño (PAR);
Grupo D: River Plate (ARG), Fluminense, The Strongest (BOL), Sporting CrIstal (PER);
Grupo E: Independiente del Valle (EQU), Corinthians, Argentino Juniors (ARG), Liverpool (URU);
Grupo F: Boca Juniors (ARG), Colo-Colo (CHI), Monagas (VEN), Deportivo Pereira (COL);
Grupo G: Athletico-PR, Libertad (PAR), Allianza Lima (PER), Atlético-MG;
Grupo H: Olimpia (PAR), Atlético Nacional (COL), Melgar (PER), Patronato (ARG).