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Polícia Civil do DF inicia paralisação em dia de Olimpíada em Brasília

Brasília

Às vésperas da estreia de Brasília como subsede da Olimpíada, policiais civis do Distrito Federal aprovaram, nesta quarta-feira, paralisação geral por 48 horas, a partir das 8 horas desta quinta-feira, no mesmo dia em que o estádio Mané Garrincha recebe dois jogos de futebol masculino, um deles da seleção brasileira masculina.

Segundo Renato Rincon, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), o movimento tem a adesão de 100% da categoria, incluindo delegados e agentes de investigação. Entre os serviços comprometidos estão o registro de boletins de ocorrência de qualquer tipo de crime, extravios, acidentes de trânsito, até mesmo flagrantes.

Com a paralisação geral, foram suspensos o funcionamento de uma delegacia especial no interior do Mané Garrincha, sob a arquibancada, assim como os reforços que estavam previstos para cinco delegacias localizadas no Plano Piloto, área central de Brasília, onde também fica o estádio.

O Mané Garrincha recebe dois jogos de futebol masculino nesta quinta-feira. Às 13 horas, Iraque enfrentará a Dinamarca. Logo após, às 16 horas, o Brasil vai jogar contra a África do Sul.

Os policiais civis reivindicam equiparação com o reajuste proposto pelo Ministério do Planejamento às carreiras da Polícia Federal e encaminhado ao Congresso Nacional em julho. Segundo Rincon, os porcentuais de aumento são de 23% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019.

O impacto na folha de pagamento do governo do DF seria de R$ 735 milhões no terceiro ano do acordo. Os salários iniciais das carreiras são de R$ 12,6 mil para papiloscopistas e escrivães e de R$ 19,2 mil para delegados.

“A gente vinha negociando há mais de um ano com o governo do Distrito Federal e o governador Rodrigo Rollemberg se comprometeu a manter a paridade histórica dos salários da Polícia Civil com a Polícia Federal, elas nasceram do mesmo berço”, afirmou Rincon. “Só queremos que ele cumpra o combinado”, completou.

Os custos com a segurança pública no Distrito Federal são bancados pela União por meio do fundo constitucional. “O governo do DF está se apropriando dos recursos para outras áreas, fazendo má gestão desse dinheiro”, criticou Rincón. O governo do Distrito Federal foi procurado, mas não se manifestou.