Natal – Na véspera do jogo que classifica como o mais importante de sua carreira, o técnico italiano Cesare Prandelli aproveitou a entrevista coletiva que deu no fim da manhã desta segunda-feira na Arena das Dunas para tentar mexer com o brio de seus jogadores. Ele os motivou para a partida diante do Uruguai, nesta terça, que definirá o outro classificado do Grupo D da Copa do Mundo – a Costa Rica já ficou com uma das vagas.
Cansado de perguntas sobre tática e estratégia, num certo momento ele surpreendeu ao dar a seguinte declaração: “Num jogo assim, em que é tudo ou nada, há outras coisas que contam além da tática. Os uruguaios têm muito mais senso patriótico do que nós, e isso se nota dentro de campo. Amanhã temos de pensar em nosso país em todos os lances, em todas as divididas.”
O treinador ficou muito decepcionado com a atitude de seus jogadores na derrota para a Costa Rica sexta-feira, no Recife. Entende que o calor das 13h minou as forças deles, mas acha que faltou luta para tentar superar as adversidades. E quer um comportamento muito diferente na partida desta terça-feira.
“Temos de ir a campo determinados a superar todas as dificuldades. Os jogadores precisam dar tudo o que tiverem. Se cansarem tenho três substituições para fazer.” Para tentar contagiar o time, Prandelli escalou dois jogadores considerados guerreiros, daqueles que deixam até a última gota de suor em campo: o zagueiro Bonucci e o atacante Immobile.
Embora seu time tenha a vantagem de empatar para avançar às oitavas de final, ele garante que a Itália não entrará em campo para jogar com o regulamento debaixo do braço. “Como sempre fazemos, vamos tentar impor o nosso jogo e procurar o gol. Se a partida acabar empatada, ótimo. Mas não vamos jogar com essa intenção.”