O projeto Especial Surf promove a inclusão de pessoas com deficiência no surfe. A iniciativa funciona na Praia do Buraco, em Ponta da Fruta, Vila Velha, e oferece vivência prática no esporte gratuitamente para crianças com deficiência.
Atualmente, 20 pessoas são atendidas pelo projeto. Os alunos tem a partir de 9 anos e possuem autismo, síndrome de Down ou paralisia cerebral.
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As aulas acontecem aos sábados, das 8h às 11h. A depender da agitação do mar ou de chuva, as atividades são suspensas. Para se inscrever no projeto, é preciso entrar em contato através do Instagram, @especialsurf, verificar a disponibilidade de vagas e preencher uma ficha de inscrição para avaliação de um fisioterapeuta.
Especial Surf e inclusão de PCDs
O Especial Surf nasceu em 2019 com a premissa de promover a inclusão e integração social de pessoas com deficiência através do surf.
Cássio Gomes, de 16 anos, é aluno do projeto desde o primeiro ano de funcionamento, quando ele tinha 10 anos. A mãe, Hendy Oliveira, conta que o menino sempre gostou de praia e destaca a importância do esporte no desenvolvimento do filho.
“Meu filho melhorou muito sua evolução social, física e emocional”, avalia Hendy.
Fundador do Especial Surf, Fabrício Costa ressalta que a iniciativa utiliza da praia e do surf como instrumentos para “estimular, ampliar e habilitar as capacidades esportivas das pessoas com deficiência”.
Através da prática do esporte, as crianças conseguem ter melhor desenvolvimento, saúde e qualidade de vida. Fabricio afirma ainda que o surfe contribui com a autoestima e a autoconfiança, e o projeto funciona como uma ponte para ligar essas crianças à prática esportiva.
“O surf é uma atividade que traz diversos benefícios físicos, intelectuais e emocionais, sendo capaz de contribuir de maneira relevante para a inclusão social de pessoas com deficiência. Além de proporcionar uma forma de exercício físico, o contato com a natureza, sol e a água tem efeitos positivos na saúde”, explica o fundador da iniciativa.
Trabalho voluntário
Atualmente, 13 profissionais atuam no projeto de forma multidisciplinar. A equipe inclui fisioterapeuta, educador físico, psicóloga, surfistas e outros profissionais de formações diversas para a realização das atividades. Todo o trabalho é 100% voluntário e as aulas gratuitas.
“Sou muito feliz em participar do projeto, é uma experiência fantástica movida pelo amor dando sentido para a vida. O lugar da pessoa com deficiência é em todo lugar e a acessibilidade é um direito de todos!”, pontua Fabricio.
Hendy elogia o projeto e acredita que o esporte é essencial na vida do ser humano. A mãe de Cássio destaca o comprometimento e dedicação dos profissionais voluntários e a qualidade das aulas.
“A organização é ímpar. Poder fazer atividades físicas ao ar livre com um projeto estruturado e preocupado com o meio ambiente e bem estar das pessoas é muito gratificante”, afirma.
*Texto sob supervisão da editora Maeli Radis