
Com o objetivo de democratizar o acesso à vela e formar atletas e cidadãos conscientes, o projeto “Vela Para Todos” vem transformando realidades na região dos bairros Grande São Pedro e Grande Santo Antônio, em Vitória.
Fruto de uma parceria entre o Iate Clube do Espírito Santo (Ices), a Prefeitura de Vitória, a Vela Capixaba e o projeto Remo Adaptar, a iniciativa atende atualmente de 20 a 30 crianças, além de seis cadeirantes, e pretende chegar a 120 atendimentos por ano.
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Porta de entrada para jovens velajadores
As aulas do projeto acontecem às quartas-feiras à tarde, em um espaço cedido no Tancredão, onde já funcionava o projeto Remo Adaptar, que ensina remo a pessoas com deficiência. A estrutura foi ampliada para incluir também a modalidade da vela.
“O projeto é a porta de entrada para jovens velejadores. As embarcações são adaptadas para facilitar o aprendizado e incentivar o desenvolvimento de habilidades como disciplina, trabalho em equipe e respeito ao meio ambiente”, destaca o comodoro do Ices, Fabiano Pereira, que disponibiliza instrutores de vela para as aulas na comunidade.
A Prefeitura de Vitória colabora com 13 embarcações que estavam inativas desde 2002, e a equipe idealizadora do projeto, formada pelos professores Wallemberg, Marlon Oliveira e Waruak Silva, conseguiu os materiais necessários para reativar sete barcos, que hoje são utilizados nas aulas.
Ex-aluno do Projeto Grael é instrutor
A inclusão e a transformação social são alguns dos principais objetivos do projeto “Vela para Todos”. Um dos instrutores é Wallemberg da Silva, que conta que mudou de vida graças à vela.
Ex-aluno do Projeto Lars Grael, ele foi selecionado pelo Ices aos 12 anos de idade, tornou-se atleta da instituição e, hoje, é responsável pela escola de vela do clube.
“Foi a vela que mudou a minha vida, e agora eu quero retribuir oferecendo essa mesma oportunidade para outras crianças”, conta Wallemberg da Silva.
Barcos da classe optimist
O “Vela Para Todos” aposta na classe optimist, barco indicado para o ensino de crianças e adolescentes, como instrumento de iniciação esportiva.
Além disso, com o apoio do projeto Remo Adaptar, as aulas também são acessíveis a pessoas com deficiência, promovendo a inclusão por meio do esporte náutico.