Esportes

Espanha bate a Suécia e chega à final da Copa pela 1ª vez

Seleção espanhola vence a semifinal por 2 a 1 e espera por Inglaterra ou Austrália na decisão da Copa do Mundo Feminina

Pela primeira vez em sua história, a Espanha está em uma final de Copa do Mundo feminina. Na madrugada desta terça-feira, dia 15, as espanholas bateram a Suécia por 2 a 1 em jogo válido pela semifinal do Mundial de 2023 e garantiram a tão sonhada vaga na decisão do torneio. Agora, elas esperam a vencedora do confronto entre Inglaterra e Austrália, que jogam nesta quarta, às 7h de Brasília.

Foto: Twitter/@SEFutbolFem

O melhor ataque da competição contra a melhor defesa do torneio. Essa era a promessa que o jogo entre Espanha e Suécia vendia e, ao longo de quase toda a partida, foi isso o que se viu. Ambas as seleções não fugiam de seu estilo de jogo, com as espanholas com muita posse de bola e as suecas com uma marcação firme e consistente. Com isso, o primeiro tempo foi travado e de poucas chances. O zero a zero no placar permaneceu ao final da etapa inicial.

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No segundo tempo, uma Suécia mais atrevida até ensaiou um jogo mais ofensivo, mas a partida se manteve na mesma tônica — uma Espanha com dificuldade na finalização da jogada e uma Suécia que marcava bem, mas que não conseguia explorar os espaços deixados por suas rivais. Tudo mudou com a chegada de Salma Paralluelo.

Aos 19 anos, a atacante do Barcelona substituiu Alexia Putellas, melhor jogadora do mundo, e repetiu o que havia feito nas quartas de final contra a Holanda, marcando um gol decisivo que alterou o rumo da partida. Aos 36 minutos, a jovem abriu o placar do confronto em um gol que parecia sinalizar a classificação espanhola.

As suecas, no entanto, ainda encontraram forças para reagir e, sete minutos depois, conseguiram o gol de empate com a atacante Rebecka Blomqvist. O que elas não esperavam era que, somente um minuto após alcançarem a igualdade no placar, veriam a Espanha marcar um novo gol e, dessa vez sim, selar a classificação para a final inédita.

Agora, as espanholas encaram na final da Copa no domingo a outra finalista do confronto entre Inglaterra e Austrália, que jogam nesta quarta, às 7h de Brasília.

Espanha supera boicote de jogadoras e briga com o técnico

Quem vê a seleção espanhola em campo durante a Copa do Mundo feminina de 2023 não imagina que o clima no vestiário e tenso e dividido. Apesar da classificação histórica para a primeira final de um Mundial da equipe, há uma enorme rusga entre jogadoras, comissão técnica e a própria federação de futebol.

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A insatisfação espanhola veio à público em setembro do ano passado quando veículos esportivos divulgaram que 15 jogadoras espanholas haviam escrito uma carta para a federação de futebol do país pedindo melhorias estruturais na seleção.

A carta afirmava que o ambiente do time era “tóxico”, que os treinamentos e métodos utilizados pela comissão técnica eram defasados e terminava com um ultimato: ou o técnico Jorge Vilda, principal fonte dos problemas de acordo com as jogadoras, era demitido, ou as 15 atletas que assinaram o documento não jogariam mais pela Espanha. A repercussão com os torcedores espanhóis, no entanto, não foi das melhores, e parte das atletas que formularam o documento vieram à publico afirmar que não haviam pedido a demissão do técnico Vilda, somente uma reestruturação na seleção.

Nomes importantes da seleção como Alexia Putellas, Aitana Bonmatí, Jenni Hermoso e Irene Paredes não assinaram a carta, mas propagaram o texto para seus seguidores. De acordo com a imprensa espanhola, Putellas, Bonmatí e Paredes já teriam pedido a demissão de Vilda no fim de agosto. Há oito anos no comando da seleção da Espanha feminina, o técnico teve o apoio da federação e convocou a equipe para a Copa do Mundo com importantes ausências de jogadoras que optaram por não atuar no torneio. Dentre as 15 signatárias do documento, apenas três retornaram ao time.