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Richarlison cobra por justiça a brasileiro preso injustamente na Rússia há quase 600 dias

O jogador capixaba se posicionou no Twitter pedindo a liberdade de Robson de Oliveira, que está detido no país há mais de um ano

Foto: Reprodução/Facebook

O atacante Richarlison, do Everton (ING) e da seleção brasileira, usou suas redes sociais nesta quarta-feira para cobrar justiça a Robson de Oliveira, que está preso na Rússia há mais de um ano. O capixaba compartilhou na sua conta do Twitter uma imagem do brasileiro detido com a hashtag “justiça por Robson” e entrou nos assuntos mais comentados na rede social no dia de hoje.

“Um brasileiro em apuros na Rússia. Robson Oliveira está preso em Kashira, na Rússia, há mais de um ano por um crime que não cometeu”, publicou o jogador na rede social. Além disso, Richarlison já havia compartilhado também outras postagens referente ao assunto.

RELEMBRE O CASO

Robson foi detido quando trabalhava como motorista para o volante Fernando, ex-Grêmio e que teve passagem pela seleção brasileira, na época que atuava pelo Spartak Moscou. O atleta atualmente está no futebol chinês, jogando pelo Beijing Guoan.

A esposa de Robson já trabalhava como cozinheira para o jogador, a mulher e a família. A partir disso, surgiu também a oportunidade para ele, que estava desempregado, trabalhar como motorista.

Robson foi acusado de tráfico internacional de drogas por entrar na Rússia, em fevereiro do ano passado, com duas caixas de Mytedom 10mg, ou cloridrato de metadona, comprados pela família do volante.

O medicamento é utilizado para o tratamento do sogro do atleta, William Pereira de Faria, que sofre de um problema na coluna. A compra do produto foi feita com receita médica endereçada a ele, por um funcionário da família no Brasil.

Segundo todos os depoimentos fornecidos, Robson recebeu os remédios em uma mala fechada entrregue por um outro funcionário da família de Fernando, ainda no embarque no Rio de Janeiro. Dessa forma, levando a crer que o motorista não tinha conhecimento do que estava dentro da bagagem.

O cloridato de metadona, no entanto, é proibido na Rússia e Robson acabou sendo detido pelo porte do medicamento, em Moscou, em março do ano passado.

O sogro do volante, que atualmente reside no Brasil, nunca prestou depoimento às autoridades. Seu advogado afirma que o depoimento não foi pedido enquanto ele estava na Rússia e que a justiça do país não aceita interrogatório à distância. Robson responderá por tentativa de tráfico e contrabando, com pena mínima de 15 anos. A pena máxima é a prisão perpétua.