Esportes

‘Rímel à prova de Lama’: mulheres driblam preconceito e se destacam em esporte de aventura

No dia 26 de junho, elas realizam a 2ª edição da Trilha Cor de Rosa, que terá participantes do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo

Sempre com roupas na cor rosa e maquiadas, as mulheres do grupo ‘Rímel à prova de Lama’ fazem sucesso em Muqui Foto: ​Lívia Batistine Friço

Rosa é a cor da mulher. Reflete ingenuidade, bondade, ternura, bons sentimentos, amor e ausência de tudo mau. Características das meninas vaidosas e com espírito aventureiro que integram o grupo de trilheiras ‘Rímel à prova de Lama’. Sim, elas encaram muita lama, mas sempre com muito estilo: roupas rosas e maquiagem, e garantem que pilotam melhor do que muitos homens.

O grupo de mulheres de Muqui realiza no dia 26 deste mês, a 2ª edição da ‘Trilha Cor de Rosa’. O evento terá a saída e chegada no parque de exposições do município. Apesar de ser rosa, cor de mulher, o evento também é aberto aos homens. “Só temos uma exigência: eles devem usar um item de cor rosa. No ano passado fizemos lacinhos rosas e eles usaram no capacete. Alguns até usaram tutu, aquela saia de bailarina”, comenta Kessia Pires Tristão, uma das organizadoras do evento.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas também no dia do evento. “Começamos participando dos encontros de trilheiros. Com o passar o tempo, o número de mulheres foi aumentando e, decidimos montar um grupo e realizar nosso próprio evento. A ideia deu tão certo, que estamos na segunda edição”, ressalta.

Segundo ela, trilheiras de várias cidades do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio de Janeiro já fizeram a inscrição e confirmaram a participação. “No ano passado, reunimos cerca de 30 meninas e, pela procura nesse ano, acreditamos que vamos dobrar ou até mesmo aumentar o número”, frisa Kessia, que faz trilhas há seis anos e há três, participa de competições de enduro.

As trilheiras não abrem mão da vaidade e garantem que não sofrem preconceito dos homens Foto: ​Lívia Batistine Friço

O percurso terá aproximadamente 50 quilômetros e atenderá todos os níveis. “Temos trilheiras profissionais de enduro e meninas que estão começando. Então, nos níveis mais difíceis, teremos um desvio para quem está aprendendo. Por isso, nosso percurso também atende aos homens”, explica.

Quanto ao preconceito, Kessia garante que não acontece, só algumas indiretas de vez em quando, mas as meninas sabem lidar bem com isso. “Não nos preocupamos com isso. Os homens nos dão apoio e nós abrilhantamos os eventos deles. De vez em quando, em alguma prova, eles reclamam que alguma menina atrapalhou, mas tiramos de letra. Até porque, tem muitas mulheres que pilotam melhor que os homens”, completa.