Esportes

Riquelme afirma que será candidato à vice-presidência do Boca Juniors em dezembro

Riquelme, que se aposentou dos gramados em 2015, também disse que, ao participar das eleições, terá de adiar sua festa de despedida, inicialmente marcada para o próximo dia 12 de dezembro no estádio da La Bombonera

Foto: Reprodução / Instagram

Juan Román Riquelme deseja voltar ao Boca Juniors, mas agora como dirigente. O ex-meia de 41 anos anunciou, nesta quarta-feira, que concorrerá nas eleições de 8 de dezembro como segundo candidato a vice-presidente em uma chapa que se opõe à atual gestão, liderada por Daniel Angelici.

“Farei parte da chapa composta por (Jorge) Ameal e (Mario) Pergolini (primeiro vice)”, informou o ídolo do clube, em entrevista à rede de televisão Fox Sports. “Me sinto bem, feliz. Tenho a possibilidade de voltar para minha casa, para meu clube, e isso é maravilhoso”, complementou.

As recentes conquistas do maior rival, River Plate, e as sequências de derrotas em clássicos – caiu na final da Copa Libertadores do ano passado e nas semifinais da edição deste ano -, segundo Riquelme, em outra entrevista recente, são sintomas da derrocada da hegemonia do Boca Juniors no país.

O anúncio do ex-camisa 10 muda completamente o mapa político do clube argentino mais popular e põe em risco a continuidade da situação, historicamente apoiada por Mauricio Macri, atual presidente do país e sob o comando da instituição desde 1996.

“Vou assumir o comando, sempre que as pessoas nos peçam, do futebol que é onde posso ajudar”, respondeu Riquelme sobre seu eventual papel. E quando perguntado sobre reforços para a equipe, ele respondeu, de forma sarcástica: “Mbappé, Messi e Cristiano Ronaldo… Eles me disseram que temos dinheiro, então vou sonhar”, brincou.

O agora aspirante a cartola, no entanto, não se pronunciou sobre o futuro do atual técnico Gustavo Alfaro. Em vez disso, sugeriu que Carlos Bianchi, multicampeão pelo Boca, pudesse ser um conselheiro. “Precisamos de todos que nos deram alegria para ajudar”, justificou-se.

Riquelme já havia sugerido que poderia concorrer à presidência, se situação e oposição concordassem em criar uma chapa única com ele na liderança. Embora houvesse negociações, o acordo, no entanto, não prosperou. “Era o que eu tinha de fazer. Amo muito o clube, todo mundo sabe disso, e era normal pedir que todos estivessem juntos. Sabia que era algo complicado e, no fim, não pôde acontecer”, explicou.

Como jogador, Riquelme tem três títulos da Copas Libertadores (2000, 2001 e 2007) no currículo e um Mundial de Clubes, em 2000, entre outros troféus, sendo a grande maioria deles conquistados com o camisa do Boca Juniors.