A Copa do Mundo vai se aproximando. E a gente vai conhecer agora a história da grande estrela do nosso terceiro adversário na primeira fase: o camaronês Eto’o.
Daqui a alguns dias, os camaroneses estarão diante da TV para acompanhar uma história que se passa no Brasil: a Copa do Mundo. Os africanos esperam ver o protagonista da Seleção brilhar. Samuel Eto’o, do Chelsea, da Inglaterra, é a maior esperança de Camarões no mundial. “Eto’o será o artilheiro da Copa”, aposta um torcedor.
O técnico de Camarões, Volker Finke, garante Eto’o no Brasil em altíssimo nível. O atacante cresceu em um bairro da periferia de Douala, a maior cidade de Camarões. “Começou a jogar na rua”, lembra o antigo vizinho.
O craque camaronês nunca jogou por um clube do país. Ainda são miúdas, pequenas, precisam de todo tipo de cuidado. Quando, de repente, crescem, se destacam, algumas viram até símbolo do lugar. O maior artilheiro da seleção de Camarões, com 55 gols, um dia foi um desses meninos.
Eto’o surgiu na academia Kadji, uma escola de futebol privada. Quase todos os novos talentos de Camarões saem de lugares como este. “Queremos nos tornar grandes jogadores e orgulhar Camarões, como ele fez”, afirma um fã.
Na Copa, Camarões está no grupo A, que é composto por Brasil, Croácia e México. Para fazer história, a geração de Eto’o vai se inspirar num outro ídolo camaronês. Com gols e uma reboladinha, Roger Millá levou o país a uma inédita quartas de final na Copa de 90, na Itália. “O mundo não conhecia Camarões, nem sabia onde ficava. Por causa daquele mundial, todos descobriram o nosso país e souberam que aqui há grandes jogadores”, explica o ex-jogador Roger Millá.
Para os camaroneses a novela da Copa já tem seu ator principal. A Seleção de Camarões já aprontou uma zebra na Copa do Mundo: fez um a zero na Argentina, em 1990. E é o time do continente africano com o maior número de participações em mundiais. A Copa no Brasil será a sétima da Seleção camaronesa.