
A Seleção Brasileira prometeu “porrada” na Argentina, nas palavras do atacante Raphinha em entrevista ao ex-atacante Romário. Mas o que se viu em Buenos Aires na noite desta terça-feira (25) foi o contrário: o Brasil foi amassado pela atual campeã mundial e acabou goleado por 4 a 1, no Monumental de Núñez, pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Foi a pior derrota da Seleção Brasileira na história das Eliminatórias e o resultado pode custar a cabeça do técnico Dorival Júnior.
Leia também:
Veja a tabela das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026
Atuação constrangedora da Seleção Brasileira
No jogo inteiro, o fato de os torcedores argentinos cantarem “olé” já com sete minutos simbolizou a discrepância entre um time e outro.
A Argentina demonstrou vontade desde cedo. Mais do que isso, foi superior tática e tecnicamente, enquanto a bola parecia queimar nos pés brasileiros.
Argentina comemora goleada e vaga na Copa do Mundo
Atual campeã mundial, a Argentina entrou em campo já classificada para a Copa de 2026, após o Uruguai empatar contra a Bolívia mais cedo. A seleção argentina lidera as Eliminatórias com 31 pontos e não pode mais ser alcançada pela Bolívia, primeira equipe fora da zona de classificação para o Mundial.
Já o Brasil caiu de terceiro para o quarto lugar, com os mesmos 21 pontos do Uruguai (terceiro) e do Paraguai (quinto). A próxima Data Fifa será entre 2 e 10 de junho e a Seleção Brasileira vai enfrentar o Equador, atual vice-líder, e depois o Paraguai.
Como foi a derrota da Seleção Brasileira
Antes dos cinco minutos de jogo, a Argentina já vencia por 1 a 0. Uma invertida para Almada permitiu que o camisa 11 encontrasse Julián Álvarez dentro da área brasileira. O atacante passou entre Murilo e Arana e tirou de Bento para abrir o placar.
Isso foi suficiente para que as arquibancadas já cantassem “olé”, logo aos sete minutos de jogo. Tinham razão. Em jogada semelhante ao primeiro gol, os argentinos inverteram a bola de lado novamente. De Paul abriu na direita, e o cruzamento encontrou Enzo Fernández, livre, para fazer 2 a 0, aos 12.
Enquanto o meio de campo argentina comandava o jogo com De Paul, MacAllister, Enzo e Almada, o Brasil não conseguia trocar passes. O gol brasileiro saiu aos 26, em um erro individual do zagueiro Romero, que perdeu a bola para Matheus Cunha. Novidade na escalação titular, Matheus Cunha chutou rasteiro no canto de Dibu Martínez e recolocou o Brasil no jogo.
Ainda no primeiro tempo, no entanto, Almada obrigou Bento a saltar para grande defesa. Aos 36, Enzo Fernández que fez o lançamento e MacAllister, sem marcação, fez 3 a 1 para a Argentina.
A volta do intervalo, com três mudanças, fez o time brasileiro melhorar um pouco. Entraram, em uma fogueira, Endrick, João Gomes e Léo Ortiz. Mas logo depois o Brasil voltou a levar sufoco da Argentina, que ampliou o placar com Simeone, aos 26 minutos.
A embaixadinha de Dibu Martínez quando recebeu uma bola recuada completou uma humilhação, que já ia além do placar. O “olé” voltou a ser cantado, ainda com mais propriedade. Os argentinos foram, até o fim, donos do jogo.
FICHA TÉCNICA:
ARGENTINA 4 X 1 BRASIL
ARGENTINA: Dibu Martínez; Nahuel Molina, Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico (Facundo Medina); Paredes (Ángel Correa), De Paul, MacAllister (Nico Páz) e Enzo Fernández; Thiago Almada (Giuliano Simeone) e Julián Álvarez (Facundo Palacios); Técnico: Lionel Scaloni.
BRASIL: Bento; Wesley, Murilo (Léo Ortiz), Marquinhos e Guilherme Arana; André (Ederson) e Joelinton (João Gomes); Raphinha, Rodrygo (Endrick) e Vini Jr; Matheus Cunha (Savinho). Técnico: Dorival Júnior.
GOLS: primeiro tempo — Julián Álvarez, aos 4 minutos, Enzo Fernández, aos 12, Matheus Cunha, aos 26, e MacAllister, aos 36. Segundo tempo — Giuliano Simeone, aos 26 minutos
ÁRBITRO: Andrés Rojas (COL)
PÚBLICO E RENDA – Não divulgados
LOCAL: Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires