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Seleção se divide em avaliação sobre vaias da torcida no Mané Garrincha

O atacante Gabriel não aceitou as vaias. Para ele, o torcedor que esteve no estádio Mané Garrincha foi rigoroso, pois não levou em consideração as dificuldades do jogo

Seleção olímpica brasileira de futebol estreou nas Olimpíadas com empate sem gols contra a África do Sul, no Estádio Mané Garrincha Foto: Agência Brasil

As vaias do torcedor na estreia na Olimpíada dividiram os jogadores da seleção brasileira masculina. Tem quem aceitou normalmente, como consequência da frustração pelo empate sem gols com a África do Sul, na última quinta-feira, no Mané Garrincha, mas também quem não aceitou muito bem, por entender que os torcedores exageram e foram injustos.

O meia Renato Augusto, que teve uma atuação ruim e foi bastante vaiado ao ser substituído na etapa final, não condenou os torcedores. “O torcedor quer goleada quando jogamos em cassa. O que precisamos é ter que ter tranquilidade para fazer um bom jogo no domingo e vencer”, disse jogador, um dos mais experientes do grupo.

Já o atacante Gabriel não aceitou muito bem. Para ele, o torcedor que esteve no estádio Mané Garrincha foi rigoroso, pois não levou em consideração as dificuldades do jogo e o espírito de luta da seleção.

“Tivemos muita vontade, muita garra, lutamos por ele. Mas futebol é assim, às vezes a bola não entra. A maioria aplaudiu, e quem vaia não viu o jogo direito”, rebateu. Ao final da partida, praticamente todo o estádio vaiou a seleção.

O técnico Rogério Micale entende que a manifestação do torcedor precisa ser respeitada. “Acontecer algo do tipo era inerente desde o início. Se acontecer de novo temos de ter mais concentrados ainda. Se tivermos apoio (do torcedor) vai motivar, mas temos de estar preparados para situações adversas.”